Wednesday, April 30, 2025

PARA ENTENDER A FILOSOFIA ESPÍRITA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Autodidata, tinha 11 anos de idade quando, em Paris, Allan Kardec recebeu a encomenda dos primeiros exemplares impressos d' O LIVRO DOS ESPÍRITOS . Residente em Tours, cidade a pouco mais de três milhas da capital francesa, encontrou-se com a consoladora Doutrina, aos 18, conhecendo seu Codificador, aos 21, quando da visita do mesmo à cidade em que residia para proferir palestra para a qual foi convidado, em 1867. Viveria até os 81 anos, sendo que desde anos antes, ficou praticamente cego, tendo sido secretariado no trabalho de sua nessa fase, por uma admiradora chamada Claire Baumart , cuja convivência permitiu escrever o livro LÉON DENIS NA INTIMIDADE (clarim). Dentre os três grandes personagens da primeira hora do Espiritismo - o engenheiro Gabriel Dellane , o astrônomo Camille Flammarion  -, ele, Léon Denis, preparado pela rudeza da própria vida na luta pela sobrevivência , certamente é o que melhor desenvolveu o aspecto filosófico da Doutrina. A leitura de seus livros transporta os que perpassam suas páginas para níveis vibratórios superiores. Quem leu O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR, entende o que dizemos. Para demonstrar essas conjecturas, apreciemos um trecho do texto d' O PORQUÊ DA VIDA : “O homem deve antes de tudo aprender a se conhecer a fim de clarear seu porvir. Para caminhar com passo firme, precisa saber para onde vai. É conformando seus atos com as leis superiores que o homem trabalhará eficazmente para a própria melhoria e do meio social. O importante é discernir essas leis, determinar os deveres que elas nos impõem, prever as consequências de suas ações. O dia em que estivermos compenetrado da grandeza de sua função, o Ser humano poderá melhor se desapegar daquilo que o diminuir e rebaixar; poderá se governar com sabedoria, preparar por seus esforços a união fecunda dos homens em uma grande família de irmãos. Mas ainda estamos longe desse estado de coisas. Espessas trevas obscurecem a razão humana. (...) Por que é assim? Por que o homem desce fraco e desarmado na grande arena onde trava sem trégua, sem descanso, a eterna e gigantesca batalha? É porque esta Globo, a Terra, está em um degrau inferior na escala dos mundos. Aqui residem em sua maior parte espíritos infantis, isto é, almas nascidas há pouco tempo para a razão. A matéria rainha soberana em nosso mundo. Nos curvamos sob seu jugo, limitamos nossas faculdades, estancamos nossos impulsos para o bem e nossas aspirações para o ideal. Além disso, para discernir o porquê da vida, para entrever a Lei Suprema que rege as almas e os mundos, é preciso saber se libertar dessas influências pesadas, desapegar-se das preocupações de ordem material, de todas essas coisas passageiras e cambiantes que encobrem nosso Espírito e que obscurecem nossos julgamentos. É nos elevando pelo pensamento acima dos horizontes da vida, fazendo abstração do tempo e do lugar, pairando, de alguma forma, acima dos detalhes da existência, que perceberemos a Verdade”.



Os “gays” estão fazendo movimentos no mundo todo. Até acredito que eles têm seus motivos. Mas vocês não acham que está havendo  um exagero nisso tudo, que não parece ser uma coisa natural, mas uma coisa forçada, que está virando moda? (Anônimo)

 

Não é fácil viver um momento de profundas mudanças, como este que estamos conhecendo agora. Gostaríamos de estar lá no passado (de 50 anos ou mais), quando tudo na sociedade era mais tranqüilo e não havia tanta preocupação pelo que pode acontecer. Quando não há mudança, não há risco nem preocupação, porque a situação social é mais estável. Era o que acontecia.  No entanto, para o transexual, era bem mais difícil e talvez desastroso viver naquela época, pois a sociedade, muito preconceituosa, os excluía e, mais do que isso, sempre os tratava com desprezo e violência, reprimindo qualquer manifestação. Quem tem homossexuais na família pode aquilatar a extensão do problema.

 

Todavia, o problema é bem mais intrincado do que podemos imaginar. Aqueles, que chamamos de “gays” ou transexuais, são pessoas como qualquer um de nós, mas com necessidades próprias, que já nascem com uma tendência e da qual não conseguem se libertar, porque não se trata de um simples problema de vontade ou de opção, mas uma contingência natural de sua condição. Na verdade, nenhum de nós opta pelo sexo que quer ter: a única opção, que podemos fazer nesse sentido é o celibato – ou seja, a não utilização do sexo que, para muitos, é um verdadeiro sacrifício ou uma tortura. Nós, espíritas, que lidamos com a questão da reencarnação, sabemos bem do que estamos falando, pois, a nossa condição nesta vida depende do caminho que trilhamos no passado e, portanto, nem tudo depende de nossa escolha.

 

- Entretanto, isso não impede que existam abusos entre os transexuais. Abusos existem e abusos, em termos de sexo, não estão apenas entre os eles, mas principalmente entre os heterossexuais, que se dizem normais, mesmo porque estes são maioria das pessoas. Temos hoje inúmeros casos de promiscuidade, de atentado violento ao pudor, de estupro, de pedofilia, crimes que preenchem as páginas policiais para deleite daqueles que gostam de curtir esse tipo de notícia. Com certeza, os problemas causados por homossexuais são bem menores do que os causados pelos heterossexuais.

 

A questão é que, como coletividade, nós estamos colhendo o que plantamos no passado. Aquilo, que foi violentamente reprimido e abafado, agora eclode no presente como uma bomba de efeito retardado, causando uma cadeira de transtornos que nos assusta. Contudo, os indivíduos, que se encontram nessa faixa de transexualidade, são pessoas comuns. Não é por essa condição, que eles não são nocivos ou perigosos, a não ser aqueles que trazem alguma tara ou distúrbio de comportamento, tal qual acontece com os heterossexuais. Os abusos são próprios da condição humana e, com certeza, não vai deixar de existir em qualquer grupo de pessoas, inobstante o nosso conceito de normalidade.

Monday, April 28, 2025

O CAMINHO PARA UM MUNDO MELHOR ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Profissional espírita ligada à saúde mental e comportamental afirmou em interessante palestra que “a criança nada mais é que um Espírito num corpo pequeno . A visão dá margem a inúmeras reflexões até porque Allan Kardec reproduzindo o pensamento dos que o auxiliaram na elaboração do alicerce do Espiritismo enfatiza mais uma vez que o descaso com a formação da nova personalidade do Ser a cada encarnação conduz a sociedade aos descalabros como os presentes na atualidade. Como construiremos um mundo melhor sem investimentos na criança e no jovem? Fácil concluir que o Centro Espírita tem um papel preponderante nessa tarefa. Há, contudo, muitas instituições que não regulamentam o valor dessas ações. Dentre as contribuições importantes da Espiritualidade para o encaminhamento da questão da Evangelização Infanto-Juvenil, os livros do Espírito Luiz Sergio reúnem apontamentos significativos. Num deles – CASCATA DE LUZ , psicografado pela médium Irene Machado – encontramos elementos para reflexões sobre o tema. Destacamos alguns: 1- Atualmente a criança e o jovem não têm o mesmo modo de pensar de tempos atrás. O que fazer para levar agradável a evangelização, a fim de ser melhor aproveitado por todos? — Evitar a lição longa e entediante, e embelezar as lições práticas com encenações de palco, onde o aluno também participa, e depois a descoberta das aptidões. Dificilmente sentirão enfado e sono . 2- O jovem tem lá fora o que a vida Lhe dá; o atrativo é muito forte. Se nós, os Espíritos, não nos unirmos com os encarnados em prol da família, veremos o que mais acontece hoje: meninas e meninos brincando de sexo. Devemos combater o aborto, sim, mas também levantar campanhas em prol da família e da felicidade, trazendo a criança e o jovem para os ambientes espirituais. Um Centro bem orientado é a “arca de Noé”, o recanto que irá salvar aquele que o buscar . 3- Muitos acham que o jovem na Doutrina só deve cantar e fazer a Campanha Auta de Souza. O jovem é uma semente que precisa do solo fértil para se tornar uma bela árvore, onde amanhã encontraremos abrigo, e seus frutos, graças à água que hoje lhes oferecemos, serão saborosos e verdadeiros. A Casa que se preocupa com a família faz das suas crianças e jovens as flores do amanhã. O difícil é trazer o jovem para a Casa Espírita, quando lá fora o mundo material oferece uma “vida fácil”, onde tudo lhe é permitido. Não que a Doutrina proíba algo, mas ela faz brilhar nas consciências o Decálogo, e aí é doloroso constatarmos o quanto somos errados ainda. 4-     Lá fora o jovem não tem compromisso com a Lei de Deus. Ele se considera o dono da Terra, tanto é que brinca de viver, por isso qualquer Casa Espírita precisa dar ao jovem motivação, caso contrário ele fugirá dela. Hoje, com pesar, percebemos que poucas senhoras e senhores espíritas têm os seus filhos na Doutrina. Causa-nos assombro desses mesmos senhores dizerem que o tóxico não é assunto para ser tratado pelos espíritos. Ao mesmo tempo, levantaram campanhas contra o suicídio. E o que é uma droga? E o que vem ceifando vidas dos jovens do mundo inteiro. Os espíritos que são contra falar de tóxico nos centros devem visitar as cadeias e os hospitais. Façam um levantamento das causas dos desencarnes de jovens devido a problemas respiratórios e paradas cardíacas. A família esconde muitos casos, para que no atestado não conste o verdadeiro motivo do óbito: o suicídio por overdose. Feliz do Centro Espírita que oferece estudo e trabalho .5- Para levarmos a juventude à Doutrina é necessário educar-la de maneira tal que não seja vítima do fanatismo. O jovem tem de se sentir útil e não pode ficar preso à letra. O seu campo energético está transbordando e pede trabalho para Casa. Se os deixarmos sentados, apenas estudando, iremos buscar outros meios para dispersar o que têm em demasia: energia. Mocidade sem tarefas causa desinteresse ou atritos com a diretoria.



Gostaria de saber se, quando uma pessoa faz uma operação plástica e muda toda a sua fisionomia, se o perispírito dessa pessoa também muda. Um caso, que me chamou a atenção é do cantor “superstar”, Michael Jackson, que hoje é totalmente diferente do que ele era antes de passar por todo um tratamento. Quando ele desencarnar, que aparência ele vai ter:: a que ele tinha antes ou a que ele tem agora? ( Alexandre)

 

Bem curiosa a sua pergunta. Nós não temos nenhuma notícia a respeito de caso semelhante, mas podemos buscar respostas, baseando-se no que sabemos de perispírito. O ouvinte sabe que o perispírito é uma espécie de corpo espiritual que toda pessoa tem, mesmo enquanto encarnada.  Em cada nova encarnação, o perispírito é reconstruído, adquirindo uma nova forma, porque também adquire novo corpo, mas, depois da desencarnação, ele tende a conservar a forma que teve na última encarnação, o que é mais comum acontecer. Assim, corpo e perispírito se desenvolvem juntos, um influindo diretamente no outro.

 

Enquanto o corpo é formado de carne e osso, como comumente dizemos, o perispírito é constituído de um tipo de matéria tão sutil e de propriedades diferentes do corpo material, tanto assim, que é impossível ser visto pelos olhos humanos. Sabemos que ele assume as mesmas características de forma do corpo físico, porque, na verdade, o corpo nasce e se desenvolve juntamente com ele, um interagindo sobre o outro. Quando o corpo morre, o perispírito se desprende e, - aí, sim – passa a ter a forma pela qual o espírito se identificava quando encarnado.

 

André Luiz, depois de Kardec, foi quem mais deu notícias sobre perispírito, principalmente na obra EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS, lançada há mais de 50 anos.  Segundo o autor espiritual, o perispírito do desencarnado, via de regra, permanece com a forma do corpo que tinha, quando encarnado, devido à forma que o Espírito preserva em sua mente. Todos nós trazemos na mente a imagem de um esquema corporal que viemos fixando na memória inconsciente ao longo da vida e que corresponde à forma pela qual nos identificamos, tanto para os outros quanto para nós mesmos. No entanto, podem ocorrer variações, mas essas variações sempre decorrem das condições íntimas do Espírito.

 

Vamos dar um exemplo para entender melhor do que estamos falando. Uma pessoa, que perdeu um braço durante a vida, no plano espiritual como ela se apresenta?  Com o braço ou sem o braço? Isso depende das suas condições mentais e emocionais. Um Espírito, dotado de elevados dotes morais, pode recuperar-se quase imediatamente de qualquer anomalia do corpo e passar para o mundo espiritual com o braço que lhe faltou na Terra. No entanto, se o Espírito carrega uma série de conflitos e problemas, ligados ao braço que perdeu, ele poderá continuar sentindo a falta desse membro, mesmo depois de desencarnado – pelo menos, por algum tempo.

 

Todavia, cada caso é um caso. Demos apenas um exemplo, mas há uma série de fatores que influem, ao mesmo tempo, nas condições íntimas do Espírito e que faz com que ele se sinta de um jeito ou de outro no plano espiritual. Com relação à plástica, a regra geral é a mesma, mas pode haver exceções. Uma pessoa, que estivesse bem consigo mesma e cuja consciência moral não lhe provoca nenhum conflito de auto-aceitação (principalmente sentimento de culpa), poderia muito bem conservar a aparência que tinha após a cirurgia, se isso lhe agrada e lhe faz sentir bem. Mas não podemos garantir que isso ocorra com determinado Espírito.

 

Os Espíritos mais elevados conseguem manipular com mais facilidade a forma do perispírito, podendo, até mesmo, assumir diferentes formas, dependendo se quer se identificar como personalidade de uma ou de outra encarnação. Emmanuel, por exemplo, identificava-se a Chico Xavier sob a personalidade de um senador romano que viveu há 2 mil anos. Ele poderia se apresentar como outras personalidades em encarnações bem mais recentes, mas agradou-lhe mais a personalidade de Públius Lêntulus, que viveu ao tempo de Jesus. Baseando-se nestas considerações, você mesmo pode concluir, segundo seu modo de ver, de forma Michael Jackson se apresentaria no plano espiritual.

NÃO EXISTE OUTRO CAMINHO ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

"-Quando se pensa na massa de indivíduos lançados diariamente na corrente da população, sem princípios, sem freios, entregues aos próprios instintos, deve-se admirar as consequências desastrosas desse fato? Quando essa arte (educação moral) for conhecida, compreendida e praticada, o homem seguirá no mundo os hábitos de ordem e previdência para si mesmo e para os seus, de respeito pelo que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar de maneira menos penosa os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que somente uma educação bem compreendida pode curar Nisto está o ponto de partida, o elemento real do bem estar, a garantia da segurança de todos”. A análise feita por Allan Kardec em meados do século 19, continua sendo atual no século 21. No século 20, o Espírito Emmanue l, através do médium Chico Xavier , manifestou-se ao final do primeiro livro escrito por ele dentro do programa a ser cumprido com o médium mineiro, enfatizando o ponto que, segundo ele é realmente o caminho para a construção de uma sociedade melhor. Diz ele: -“Todas as reformas sociais, permitem em nossos tempos de indecisão espiritual, têm de processar-se sobre a base do Evangelho. Como? – podereis objetar-nos. Pela educação, replicaremos. O plano pedagógico que implica esse grandioso problema tem de partir ainda do simples para o complexo. Ele abrange atividades multiformes e imensas, mas não é impossível. Primeiramente, o trabalho de vulgarização deverá intensificar-se, lançando, através da palavra falada ou escrita do ensinamento, as diminutas raízes do futuro. Toda essa demagogia filosófico-doutrinária, que vedes nas fileiras do Espiritismo, tem sua razão de ser. As almas humanas se preparam para o bom caminho. A missão do Cristianismo na Terra não era de homemcomunar-se com as forças políticas que lhe desviassem uma profunda significação espiritual para os homens. O Cristo não teria vindo ao mundo para instituir castas sacerdotais e nem importar dogmatismos absurdos. Sua ação poderia-se, com justiça, para a necessidade de se remodelar a sociedade humana, eliminando-se os preconceitos religiosos, constituindo isso a causa da sua cruz e do seu martírio, sem se desviar, contudo, do terreno das profecias que o anunciavam. Todas essas atividades bélicas, todas as lutas antifraternas no sei dos povos irmãos, quase a totalidade dos absurdos, que complicam a vida do homem, vieram da escravização da consciência ao conglomerado de preceitos dogmáticos das Igrejas que se levantaram sobre a doutrina do Divino Mestre, contrariando as suas bases, digladiando-se mutuamente, condenando-se umas às outras em nome de Deus. Aliado ao Estado, o Cristianismo se deturpou-se, perdendo as suas características divinas. Sabemos todos que a Humanidade terrena atinge, atualmente, as cumeadas de um dos mais importantes ciclos evolutivos. Nessas transformações, há sempre necessidade do pensamento religioso para manter-se a espiritualidade das criaturas em momentos tão críticos. A ideia cristã se encontrou afeto o trabalho de sustentar essa coesão dos sentimentos de confiança e de fé das criaturas humanas nos seus elevados destinos; todavia, encarcerada nas classes dos dogmas, a doutrina de Jesus não poderia, de modo algum, amparar o espírito humano nessas dolorosas transições. Todas as exterioridades da Igreja deixam nas almas atuais, sedentárias de progresso, um vazio muito amargo. (...) As atividades pedagógicas do presente e do futuro terão de se caracterizar pela sua feição evangélica e espiritista, se quiserem colaborar no grandioso edifício do progresso humano. Os estudiosos do materialismo não sabem que todos os seus estudos se baseiam na transição e na morte. Todas as realidades da vida se conservam inapreensíveis às suas faculdades sensoriais. Suas análises objetivam somente a carne perecível. O corpo que estuda, a célula que examina, o corpo químico submetido à sua crítica minuciosa, são acidentais e passageiros. Os materiais humanos se colocam sob os seus olhos pertencentes ao domínio das transformações,através do suposto aniquilamento. Como poderá, pois, esse movimento de extravagância do espírito humano presidir à formação da mentalidade geral que o futuro exige, para a concretização dos seus projetos grandiosos de fraternidade e de paz? A intelectualidade acadêmica está fechada no circulo da opinião dos catedráticos, como a ideia religiosa está presa no cárcere dos dogmas absurdos. Os continuadores do Cristo, nos tempos modernos, terão de marchar contra esses gigantes, com a liberdade dos seus atos e das suas ideias. Por enquanto, todo o nosso trabalho objetiva a formação da mentalidade cristã, por excelência, atitude purificada, livre dos preceitos e preconceitos que impedem a marcha da Humanidade. (...)  Toda a tarefa, no momento, é formar o espírito genuinamente cristão; esse trabalho, os homens terão atingido o dia luminoso da paz universal e da concórdia de todos os corações.




Eu tive um tio, que era irmão de meu pai, e que me deu muito carinho quando eu era criança, mas um dia ele morreu – eu já era mocinha.  Faz algum tempo, eu sonhei com ele. Ele estava feliz, bem mais jovem do que ele era quando vivo; então, ele me abraçou, fez uma festa como fazia sempre. Eu fiquei muito emocionada por estar encontrando meu tio, e não consegui dizer uma palavra. Foi ele que me disse: “Você está vendo, Fulana, eu não morri. Você é que está morta”. Queria saber o que isso significa isso.

 

Com certeza, aquilo que você já pensou, cara ouvinte. Esse sonho parece trazer uma mensagem da espiritualidade para dizer que a vida continua e que viver não é apenas estar vegetando neste corpo de carne, mas é acordar para os verdadeiros valores da existência. As palavras, que ficaram no seu inconsciente, parecem trazer essa mensagem, porque, para o espírito, a morte real não existe. Ela existe, sim, para o corpo, mas a alma, a individualidade pensante que, no caso, é seu tio, continua viva – agora mais que antes, porque já despertou para outra realidade.

 

É possível que seu tio esteja tentando acordá-la para algum problema, para cuja solução você ainda não atinou. E isso tem muito a ver com espiritualidade, isto é, com o seu lado espiritual. Jesus, quando aqui esteve, certa vez, foi procurado por um jovem, que queria segui-lo. Entretanto, esse jovem estava preocupado com o enterro do pai, que havia morrido. Pediu que Jesus o esperasse, até que fizesse o enterro do pai, mas Jesus respondeu: “Deixa que os mortos enterrem seus mortos”. Trata-se de uma parábola, certamente. Na verdade, os mortos, para Jesus, não são os cadáveres, pois não há sentido em que cadáveres enterrem cadáveres. Os mortos são os mortos do espírito, ou seja, aqueles que desconhecem o verdadeiro sentido da vida e, portanto, estão mortos para a vida.