Wednesday, May 24, 2023

OUSADIA E CORAGEM DE ALLAN KARDEC; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Embora experimentos em países da chamada Cortina de Ferro com a máquina de chamada Kirliam nos anos 50/60 tenham provado a ação das chamadas energizações e mais recentemente no Brasil um estudo realizado em 2003, pelo Dr Ricardo Monezzi, à época Mestrando em Ciências médicas em conceituada Universidade paulista sobre efeitos da prática de configuração de mãos sobre os sistemas hematológico e imunológico de camundongos machos em que foram inoculadas células cancerígenas tem constatado uma diferença significativa entre os grupos na contagem do número de monócitos, a verdade é que nas páginas da REVISTA ESPÍRITA que fundou e dirigiu no período de 1858/1869, Allan Kardec noticiou e discutiu vários casos em que aTeoria dos Fluidos operou curas prodigiosas. Sem dúvida uma ousadia para o momento em que os estudos da Medicina se fixavam na visão mecanicista, desdenhando a visão vitalista apresentada, entre outros, pelos médicos Franz Anton Mesmer ( TEORIA DO MAGNETISMO ANIMAL ) ou Samuel Hanneman ( HOMEOPATIA ) . Mas Kardec foi além como documentado em artigo incluído na edição de março de 1868 , intitulado Ensaio Teórico das Curas Instantâneas . Explica basear-se em deduções das setas externas por um médium em sonambulismo espontâneo, umas das facetas dos estados alterados de consciência conhecidos como transe, tendo sido dado como resposta a uma pessoa atingida por grave enfermidade que queria saber se um tratamento fluídico poderia ser-lhe salutar . Observa-se, contudo, que “por mais racional que nos espera esta explicação, não a damos como absoluta, mas a título de hipótese e como tema de estudo ”. Chama atenção para o fato de que “na medicação terapêutica são medicamentos prescritos remédios apropriados ao mal, não incluindo o mesmo remédio ter virtudes contrárias, sendo ao mesmo tempo estimulante e calmante, vencido e seguido, não convencendo a todos os casos, sendo esta a razão de não existir um remédio universal ”. Comentários“da-se o mesmo com o fluido curador, verdadeiro agente terapêutico, cujas qualidades variam conforme o temperamento físico e moral dos indivíduos que o transmitem, havendo fluidos que superexcitam e outros que acalmam, fluidos fortes e outros suaves e de muitas outras nuanças, podendo, conforme suas qualidades, o mesmo fluido, como o mesmo remédio, ser salutar em certos casos, ineficaz e até prejudicial em outros, donde se segue depender a cura, em princípio da supervisão das qualidades do fluido à natureza e à causa do mal ”. Destaca também que, conforme o Espiritismo,“a maioria das moléstias, como todas as misérias humanas são expiação do presente ou do passado, ou provações para o futuro; dívidas contraídas, cujas consequências devem ser sofridas, até que tenham sido resgatadas, não podendo ser curadas aquele que deve suportar sua provação até o fim” . Mais à frente em seu artigo, a proposição original de Kardec : -“Certas afecções, mesmo muito graves e passadas ao estado crônico, não tem como causa primeira a alteração das queixas orgânicas, mas a presença de um mau fluido , que as desagrega, por assim dizer, e perturba a sua economia ”. Afirma ser“o caso de grande número de doenças, cuja origem é devida a fluidos perniciosos, dos quais é penetrado o organismo, obtendo-se a cura não pela substituição de emissão deterioradas, mas pela expulsão de um corpo estranho”. Nesse caso, a “medicação alopática destinava-se a agir sobre a matéria é inoperante em todas as doenças causadas por fluidos viciados, por sinal, numerosos ”. Desse modo, considere que “duas afecções, na aparência apresentando sintomas idênticos, podem ter causas diferentes; uma pode ser determinada pela alteração das funções orgânicas e, outra, pela infiltração nos órgãos são, de um fluido mau, que perturba suas funções ”. Entenda que“esses dois casos solicitados, no fluido curador, qualidades diferentes. No primeiro, é preciso um fluido mais suave que violento, sobretudo rido em princípios reparadores; no segundo, um fluido enérgico, mais próprio à expulsão do que a independente ”. Destaca ainda que “não permitindo os maus fluidos provir senão de maus Espíritos, sua introdução na economia se liga muitas vezes à obsessão. Daí resulta que, para obter a cura, é preciso tratar ao mesmo tempo, o doente e o Espírito obsessor ”. Finaliza dizendo que“estas considerações mostram quantas coisas há que levar em conta no tratamento das moléstias, e quanto ainda resta a aprender a tal respeito. Além disso, vem confirmar a aliança do Espiritismo e da Ciência. O Espiritismo marcha no mesmo terreno que a ciência, até os limites da matéria tangível; mas, ao passo que a ciência se detém nesse ponto, o Espiritismo continua seu caminho e procede suas pesquisas nos fenômenos da natureza com o auxílio dos elementos que colhe no mundo extra material; só aí está a solução das dificuldades contra o qual se choca a ciência ”.



Como fui criada na religião católica, sempre ouvi dizer que as crianças, que morrem sem serem batizadas, vão para o limbo. Para os espíritas, qual é o destino das crianças que morrem?

(M.H.S.V.)


Parece-nos que a concepção de limbo foi introduzida por São Tomás de Aquino, teólogo da Igreja. Seria, como você diz, o lugar para onde vão as crianças não-batizadas, mas também todas as pessoas, que não cometeram grandes pecados ou que são incapazes de cometê-los, como é o caso dos deficientes mentais, dos índios e até das almas boas de pessoas de outras credos. Em 2004, a Igreja voltou a debater essa questão, através de uma comissão teológica, que sugeriu sua extinção.


Na verdade, a concepção do limbo surgiu para revolver um grande impasse teológico: se os bons vão para o céu e se os maus para o inferno, para onde vão os que não são nem bons nem maus, porque simplesmente não sabem o que fazem? E os bons, que não católicos, para onde vão? Essas questões nunca ficaram muito claras para os fiéis e, portanto, nunca ficou definitivamente resolvida.


Tempos atrás, o teólogo Leonardo Boff, hoje afastado dos ofícios da igreja por divergências com o Vaticano, falou na televisão sobre a morte do grande antropólogo e educador, Dr. Darci Ribeiro, de quem fora grande amigo. Darci Ribeiro era ateu, e amigo do sacerdote. Segundo Boff, ele foi para o céu, pois, apesar de ser ateu, foi um homem bom, que contribuiu muito para a sociedade brasileira. Como vemos, é um entendimento muito diferente daquela posição dogmática e ortodoxa da Igreja.


Para a Doutrina Espírita, a questão do destino das pessoas após a morte é simples. Tudo se resolve com a Lei da Reencarnação e, portanto, não está condicionado ao fato de a pessoa ser desta ou daquela religião, ou não ter religião alguma. Entretanto, a doutrina da vida única não pode responder, nem mesmo, por que um individuo morre criança, por que alguns não chegam nem mesmo a nascer, por que existem pessoas mentalmente deficientes – e mais ainda, porque existem pessoas das mais variadas religiões ( desde as mais primitivas às mais atuais) e por que existem pessoas sem religião e, até mesmo, ateus.


A doutrina da reencarnação tem respostas para todas essas questões, mostrando porque as pessoas e as coletividades são tão diferentes entre si, de onde elas vêem antes de nascer e para onde vão depois da morte. Não podemos conceber que Deus trataria diferentemente seus filhos, só porque eles morrem em idades diferentes, em épocas diferentes, em condições de vida diferentes, porque têm religiões diferentes e entendimentos muitos diversos a respeito da vida. Essa multiplicidade de situações, que faz com que a vida de cada um tenha seu próprio caminho e suas próprias características, pode ser perfeitamente explicada pela Lei de Evolução.


As crianças não são Espíritos recém-criados. Elas provêm de experiências de vidas passadas, que se refletem na presente existência. Portanto, se uma criança nasce com limitações, se adquire uma doença ou morre muito cedo, nada disso aconteceu por acaso; ao contrário, faz parte de seu caminhar evolutivo. Ela é criança agora, mas já foi adulto ontem: portanto, sua vida não está começando nesta existência - e o fato de reencarnar e morrer precocemente não é mero fruto do acaso, nem o que comumente se chama de “vontade de Deus”, como se Deus decidisse aleatoriamente que tal ou tal família devesse sofrer a perda de um filho em tenra idade, natural ou acidentalmente.


Desse modo, cada encarnação tem um sentido, ligado às necessidades evolutivas do Espírito. Todos nós temos protetores espirituais, mas, quando criança, essa proteção é muito especial, de modo que as crianças, quando morrem, geralmente, são orientadas a instituições próprias na Espiritualidade – como lares e escolas, para receberem tratamento adequado, segundo suas necessidades. Alguns podem até reencarnar imediatamente, outras são levadas a essas instituições, onde vão encontrar almas amigas – até familiares da última encarnação – que vão ajudá-las a percorrer seu caminho de crescimento e evolução.


Se você, cara ouvinte, quiser ter uma visão mais detalhada deste tema, leia um livro de André Luiz, intitulado “ENTRE A TERRA E O CÉU”. Nele você vai encontrar a história de um garoto que morreu em tenra idade – suas encarnações anteriores e como foi acolhido na espiritualidade. Não deixe de ler esse livro – 'ENTRE A TERRA E O CÉU”, autoria de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier. Estamos à sua disposição para maiores informações.


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