Wednesday, August 31, 2022

CRITERIOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Abrindo a pauta da REVISTA ESPÍRITA de novembro de 1859, Allan Kardec apresenta interessante matéria intitulada “ DEVEMOS PUBLICAR TUDO QUANTO OS ESPÍRITOS DIZEM? ” que se mostra atualíssima, especialmente diante da profusão de títulos que disputam o lugar nos expositores das livrarias ou catálogos de editoras e distribuidores, demonstrando acirrada disputa por qual apresenta “ revelações ” ou “novidades ” mais originais. Como livros espíritas se tornaram meio de vida, dou bom senso, inexistem. O alvo é um público ávido por conteúdos que chegam a ser estapafurdios. As ponderações de Kardec sugerem. Diz ele: “-Esta pergunta nos foi dirigida por um dos nossos correspondentes. Respondemo-la da maneira seguinte: Seria bom publicar tudo quanto dizem e pensam os homens? que possuía uma noção do Espiritismo, por superficial que é visível, sabe que o mundo invisível é composto de todos aqueles que o querem na Terra o envoltório. Despojando-se, porém, do homem carnal, nem todos se revestiram, por isso mesmo, da túnica dos anjos. todos os graus de conhecimento e de ignorância de moralidade, de moralidade que não devemos perder de vista. Não esqueçamos que entre os Espíritos, assim como na Terra, há seres levianos, desatentos e brincalhões; falsos sábios, de um vão es es, saber incompleto;hipócritas, malévolos e, o que nos parece inexplicável, se algum modo não compreendessemos a fisiologia desse mundo, há vilões sensuais e crapulosos que se arrastam na lama. Ao lado disto, sempre como, seres temos bons, humanos, benevolentes, esclarecidos, de sublimes virtudes. Como, entretanto, nosso mundo é o primeiro nem na última posição, embora seja mais próximo da última que da primeira, seja o que o mundo dos espíritos abrange seres mais avançados e moralmente que nossos mais não esclarecidos, e outros que ainda estão disponíveis dos homens mais inferiores.Desde que esses seres têm um meio patente de comunicar-se com os homens, de exprimir seus pensamentos por sinais inteligíveis, suas comunicações devem ser um reflexo de seus sentimentos, de suas qualidades ou de seus vícios. Serão levianas, triviais, grosseiras, mesmo obscenas, sábias, científicas sublimes, conforme seu caráter e sua ação. Revela-se por sua própria linguagem. Daí a necessidade de não aceitar cegamente tudo quanto vem do mundo oculto, e submetê-lo ao controle severo . Com as comunicações de certos Espíritos, do mesmo modo que com os discursos de certos homens, poder-se-ia fazer uma coletânea muito pouco edificante(...).Ao lado de nossas comunicações francamente mais, e que chocam um pouco ou pouco delicado, outras são simplesmente triviais ou ridículas (...). O mal é dar como recompensas, coisas que chocam o bom senso, a razão e como dependentes. Nesse caso, o perigo é maior do que se pensa. Para começar, tais publicações têm o inconveniente de induzir em erro as pessoas que não estão em condições de exame-las e discernir entre o verdadeiro problema e o falso, principalmente numa questão tão nova como o Espiritismo. Em lugar, armas são os iguais e aos segundos oportunidades que não perdem oportunidade para este fato contra a alta moral; porque, diga-se mais uma vez, o mal está em coisas apresentadas que são notórios absurdos (...).As pessoas que estudam a fundo a ciência espírita sabem qual atitude que convêm a este respeito. Sabem que os Espíritos Zombeteiros não tem o menor escrúpulo de enfeitar-se com nomes respeitáveis. Mas sabem que os espíritos só abusam também que gostam de se ativar, que não ou não sabem esclarecidas suas astúcias meios já conhecidos (...). Os Espíritos vão aonde acham simpatia e onde sabem que são ouvidos (...). Publicar sem exame, ou sem correção, tudo quanto vem dessa fonte, seria, em nossa opinião, dar prova de pouco discernimento ”.


Tatiane Duarte Vieira nos trouxe o seguinte questionamento: “Como se explica que crianças, nascidas em famílias estruturadas e com boas condições financeiras, percam-se no mundo das drogas e até na delinquência, enquanto outras, que vieram de um berço pobre e passaram necessidade, acabam se realizando como pessoas de bem?”

Um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas mostra que jovens da classe A são os maiores consumidores de drogas do país. A questão das drogas, portanto, merece um tratamento especial, quando se trata do comportamento dos jovens. Os que mais consumem drogas são os que vêm de família de maior poder aquisitivo, justamente porque droga custa dinheiro e os pobres sempre terão mais dificuldade em obtê-las.

Por outro lado, os mais pobres, embora se tornem dependentes, muitas vezes, quando não se envolvem em crimes de furto e de roubo, até mesmo dentro da própria família, para obter dinheiro, acabam sendo arrastados para a prática ilegal do tráfico, como forma de manter o seu vício, caindo invariavelmente no mundo da delinquência.

É claro que a participação da família é fundamental na educação das crianças e adolescentes. Mas a família está encontrando cada vez mais dificuldade em educar os filhos, devido às grandes mudanças por que vem passando a sociedade. Ela vem perdendo terreno para as influências perniciosas da sociedade consumista e materialista, que valoriza liberdade e o prazer fácil em prejuízo da responsabilidade e do cultivo de um ideal de vida.

Os problemas de delinquência advêm, primeiramente, das tendências do Espírito da criança e, em segundo lugar, da atuação da família e da sociedade. A principal missão dos pais é educar os filhos, direcionando suas tendências para que aprendem a cultivar bons valores morais e sejam pessoas responsáveis. Neste particular, o que mais interessa nos pais é ter um ideal de vida, que deve ficar muito claro no seu comportamento do dia a dia.

A família está se esquecendo de Deus. Neste particular, a religião deveria se preocupar mais com a conduta da família e menos com as práticas de adoração, incluindo Deus na vida diária. A única autoridade capaz de se impor de verdade é a autoridade moral, de modo que os pais devem se esforçar para ter o comportamento que eles querem dos filhos. Caso contrário, terão muita dificuldade de atingir seu intento. É claro que, entre os filhos, sempre há Espíritos mais adiantados, mas haverá também os que vieram para se corrigir, mediante a ação educativa do lar.

E esses Espíritos mais resistentes e mais rebeldes podem se encontrar tanto numa família pobre e sem recursos como numa família aparentemente bem estruturada de classe média ou alta. Em muitos casos, a carência de recursos, a pobreza e a miséria podem impulsionar o Espírito à delinquência e, em outros, o que pode estimulá-los a seguir o mau caminho é a vida fácil e farta, com excessos de proteção e falta de uma educação mais rígida. Isso depende de cada caso e de cada família.


Sunday, August 21, 2022

CHOCANTE, MAS LÓGICO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Considerando o perfil dos Espíritos ligados ao Planeta Terra no seu processo evolutivo apresentado no capítulo 3 d 'O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, entende-se parte da realidade observada. Aumentando a isso o fato de que numa existência hipotética de 60 anos, apenas v20 são aproveitados, visto que 20 dispensa-se no sono físico, e outros 20 no processo de ascensão à vida adulta, deduz-se é moroso o progresso da Individualidade . A análise de Allan Kardec reproduzida na REVISTA ESPÍRITA de janeiro de 1864 a um leitor dá uma dimensão do problema: -“ Ignoramos absolutamente em que condições se darão como primeiras encarnações da alma; é um desses princípios das coisas que estão nos segredos de Deus. Apenas sabemos que são todos criados e ignorantes, assim, o mesmo ponto de partida, o que é conforme à justiça; o que saber ainda é que o livre-arbítrio só se pouco e depois evoluções na vida corpórea. Não é, pois, nem após a primeira, nem depois da segunda encarnação que a alma tem consciência clara de si mesma, para ser responsável por seus atos; não é senão após uma centésima, talvez após uma milésima. Dá-se o mesmo com a criança, que não goza da plenitude de suas duas faculdades, nem um, nem dias após o nascimento, mas depois de anos. E, ainda, quando a alma goza do livre-arbítrio, a responsabilidade cresce em razão do desenvolvimento de sua inteligência;é assim, por exemplo, que um selvagem que vem os seus semelhantes é menos castigado que o homem civilizado, que comete uma injustiça simples. Sem dúvida, os nossos animais estão muito atrasados ​​em relação a nós e, no entanto, já se acham bem longe do seu ponto de partida. Durante longos períodos, a alma encarnada é feita à influência exclusiva dos instintos de conservação; pouco a pouco esses instintos se transformam em instintos inteligentes ou, melhor dizendo, se equilibram com uma inteligência; mais tarde, e sempre gradualmente, a inteligência domina os instintos. Só então é que começa a responsabilidade. (...) Severidade ou fatalidade, toda responsabilidade seria injusta. Como dissemos,o Espírito fica num estado inconsciente durante encarnações; a luz da inteligência não se faz senão apenas aos poucos e a responsabilidade real começa quando o Espírito age e com conhecimento de causa só faz. (...) A Terra já foi, mas não é mais, um mundo primitivo; os mais atrasados ​​são humanos em sua superfície já se despojaram dos primeiros primeiros da encarnação e os nossos encontrados são antes de seu progresso, comparando ao que seu progresso viu encarnar neste Globo. transporte todos os degraus que separam da mais adiantada civilização; todos esses passos intermediários se acham na Terra sem solução e podem seguir-los observar as nuances que diferenciam os povos; só o começo e o fim aí não se encontram;para nós o começo se perde nas profundezas do passado, que não nos é dado penetrar. Aliás, isto é pouco importante, pois tal conhecimento em nada nas adiantaria. Não somos perfeitos, eis o que é positivo; sabemos que nossas imperfeições são o único obstáculo à nossa felicidade futura; portanto, estude-nos-nos, a fim de nos-mos-percebermos. No ponto a inteligência está bastante desenvolvido para já pensar o homem, que é sensível também que a sua responsabilidade está mais empenhada em que a sua responsabilidade está mais empenhada em dizer o que disse que Jesus: Senhor, porque não sabem o que fazem.” Não somos perfeitos, eis o que é positivo;sabemos que nossas imperfeições são o único obstáculo à nossa felicidade futura; portanto, estude-nos-nos, a fim de nos-mos-percebermos. No ponto a inteligência está bastante desenvolvido para já pensar o homem, que é sensível também que a sua responsabilidade está mais empenhada em que a sua responsabilidade está mais empenhada em dizer o que disse que Jesus: Senhor, porque não sabem o que fazem.” Não somos perfeitos, eis o que é positivo; sabemos que nossas imperfeições são o único obstáculo à nossa felicidade futura; portanto, estude-nos-nos, a fim de nos-mos-percebermos.No ponto a inteligência está bastante desenvolvido para já pensar o homem, que é sensível também que a sua responsabilidade está mais empenhada em que a sua responsabilidade está mais empenhada em dizer o que disse que Jesus: Senhor, porque não sabem o que fazem.”


Se Deus não criou o homem da maneira como a Bíblia conta, como é que Deus criou o homem, segundo o Espiritismo? Em nosso estágio de conhecimento, ainda não sabemos. Podemos, no entanto, presumir, por comparação, como isso ocorreu. Moisés, há mais de 3 mil anos atrás, precisou explicar para o seu povo como ocorreu a criação, pois, essa preocupação já existia naquela época. Como não podia saber nada de evolução, pois naquele tempo não havia ciência, ele imaginou que o Ser humano fora criado pronto e acabado. Por isso, Moisés descreveu a criação de Adão - e, depois, a de Eva - baseando-se no trabalho do oleiro. O oleiro é aquele artesão que trabalha com barro, podendo a partir da matéria prima fabricar tijolos, telhas ou vasilhas, dando aos objetos a forma e a utilidade que deseja. A criatividade do oleiro serviu de inspiração para Moisés, que comparou Deus ao oleiro e o ato da criação do homem à ação que o oleiro exerce sobre o barro. Era assim que o homem antigo entendia a criação. Como hoje sabemos que a natureza obedece à lei da evolução, sabemos também que nenhum ser vivo foi criado como ele é atualmente. A vida na Terra é produto de bilhões de anos de transformação e aperfeiçoamento, de modo que não há um Ser vivo sequer que esteja completamente pronto, completamente acabado - nem mesmo o Ser humano. A Biologia - ciência que estuda a vida – nos dá conta de que os primeiros seres vivos, que surgiram na Terra, eram extremamente simples, seres microscópicos constituídos de uma única célula, como as amebas, por exemplo. Portanto, podemos imaginar que o Ser humano - formado por dezenas de trilhões de células - teve também origem numa única célula. Para termos uma ideia mais precisa sobre esse processo da evolução, podemos nos basear no que acontece com a vida pré-natal do organismo humano. Inicialmente, o espermatozóide do pai fecunda o óvulo da mãe, surgindo, então, a célula-ovo. É a célula inicial que vai se multiplicar rapidamente, formando ao longo do tempo um corpo que, de embrião se torna feto e, depois nasce como um bebê. André Luiz compara esse processo – que acontece, mais ou menos, durante 9 meses - ao lento processo de evolução que aconteceu com a espécie humana durante bilhões de anos. A filogenia recapitula a ontogenia, ou seja, a evolução da vida intra-uterina repete em alguns meses o que ocorreu ao longo da evolução do Ser humano sobre a face da Terra. Desse modo, não é difícil compreender que a criação é uma obra complexa. Não é um simples passe de mágica, como poderíamos imaginar, em que um boneco de barro, de repente, se transforma num Ser humano. Ela é fruto de uma elaboração extremamente complexa e demorada que vai buscando formas cada vez mais perfeitas ao longo do tempo. Antes de o homem Ser homem - isto é, antes de adquirirmos a forma e as potencialidades humanas que temos atualmente - viemos caminhando pelas estradas tortuosas do tempo, passando por múltiplas formas de vida, desenvolvendo o corpo e o Espírito, até podermos alcançar a condição de seres inteligentes que somos hoje. Os vegetais e os animais igualmente vieram evoluindo, assumindo as mais variadas formas, mas apenas uma espécie – que hoje é a espécie humana – conseguiu ultrapassar os limites da irracionalidade, alcançando a condição de Ser inteligente, conforme podemos ler em O LIVRO DOS ESPÍRITOS de Allan Kardec. 

Wednesday, August 10, 2022

FALTA DISCERNIMENTO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

A má fé, aliada à ignorância ao associar a mediunidade e ao espiritismo, quando, na verdade, ao cumprir a importância do papel de tirar e misticismo, explicando e definindo-a como uma percepção inerente ao ser humano, por ser uma percepção física. Está por trás de sua aventura em sua história individual e coletiva, em sua determinação e em suas aventuras individuais. E, vez ou outra, entra no foco dos noticiários por vítimas de desencarnados a serviço da perturbação, da tentativa de desfigurar a verdade dos fatos, alimentando a descrença já tão combalida da espécie. Imaginam aqueles que prestam a atenção que os Espíritos nada mais são do que as pessoas como nós sem o revestimento do corpo físico, que, como enfatizam o Espiritismo não alcançam níveis de evolução com características espirituais que demonstram sua forma de ser encarnados. Recentemente, alguns órgãos de comunicação de massa publicaram um“assustadora ” e “ridicularizante ” notícia de que a importante companhia aérea em operação no Brasil mudou provisoriamente o número de seus voos regulares antes de uma previsão registrada em cartório de um acidente aéreo que deveria se dar em área de grande concentração de edifícios altos, Fazendo o local e dia exato exato em que entrega daria, cumprimento o que está cumprindo com as mortes e o oficial. Os que se conteúdo são conhecidos por que já possuem, presos à chamada de conforto ”, como “zona em outras alternativas semelhantes, valeram da “frustrante” não consumação da tragédia para ironizar, justificando seu descrédito em relação à mediunidade. Desconhecem, por exemplo, que n' O LIVRO DOS MÉDIUNS , questão 10 do item 289,Allan Kardec reproduz o esclarecimento dos que o auxiliaram a compor uma obra importante, que os Espíritos que anunciam acontecimentos que não se realizam, “fazem-no as mais das vezes para se divertirem com a credulidade, o terror ou a alegria que provocam; depois, riem-se do desapontamento. Essas predições algumas mentirosas, no entanto, vezes, um fim sério, qual o de por à prova daquele que são feitas, uma apreciação da maneira por que toma o que lhe é dito e dos bons sentimentos ou que isso lhe desperta ”. Como, por exemplo, da vaidade ou da exaltação. Quatro anos depois, na REVISTA ESPÍRITA , de julho de 1865 , Allan Kardec se serve de artigo veiculado um mês antes noJournal , assinado por concorrente de corridas de artistas irlandeses, não qual amigo relacionado com o fato de Chantilly aproveitando-se a um médium, se ele designa o vencedor das corridas de artistas irônicos, apresentado por e de um dos mais célebres franceses, pelas batidas a designação das letras, formando o nome Gontran . Coincidentemente havia um cavalo inscrito no Derby corrido that dia Gontran , que acabou vencedor da prova. Argumenta Allan Kardecque o fato, se levado em consideração e divulgado para um número maior de pessoas, a maioria invocando a maior consultando os médiuns, transformados em razão aos contra de sorte, dando a lei de Moisés, que a reprovação “aos a reprovação” , encantadores e os que tem o espírito de Piton ”. Acrescenta aos seus comentários que “o Espiritismo não está destinado a fazer conhecer; os Espíritos vem para nos tornar melhores e não para nos revelar ou nos indicar os meios de ganhar dinheiro na 'certa' e sem correr perigo o herói da aventura, ou se ocupar de nossos interesses materiais, como dizpru pela nossa Providência sob a salvaguarda de inteligência, de nossa razão e de nossa tradição, de nossa atividade.(...). Eis o que espíritas a propagar, devem servir-se de forma útil à causa que todos. Quando um pretexto, se tornar um golpe de sorte, em vez do mundo, temos que produzir um pretexto, um copo de sorte, um sucesso em todo o mundo, se um golpe sem sucesso, um copo de sorte em vez do que fazer. amor ao Bem. É por isto que tentou esse gênero, encorajadas por Espíritos mistificadores, sempre foram seguidas de recepções ”. No caso do cavalo vencedor, “deve ser aceito como fato isolado, sendo – diz Kardec -, louco e imprudente quem se fiasse em sua realização ”. O “pequeno tinha uma utilidade: era um meio, talvez o único para chamar a atenção de certas pessoas para a ideia dos Espíritos e sua intervenção no mundo ”, acrescenta em suas ponderações. 


Maria Helena Alves, da Martim Afonso de Souza, Vila Araceli, pergunta: “Por que há tanta ignorância no mundo?” Trata-se de uma questão interessante, que nos leva a analisar melhor a vida que levamos, nossas atitudes e comportamento.

Maria Helena, a palavra “Ignorância” é usada em dois sentidos. Num sentido restrito podemos usar a palavra “ignorante” quando nos referimos à falta de conhecimento. Por exemplo: Fulano não sabe ler e nem escrever. Neste caso, ele não sabe ler nem escrever porque nunca foi à escola, porque não teve essa oportunidade e ninguém o ensinou. Podemos dizer, então, que Fulano ignora a leitura e a escrita, fulano é analfabeto. Infelizmente, ainda existe muita gente em nosso país nessa condição.

O outro sentido da palavra “ignorante” é quando nos referimos ao caráter da pessoa. Neste caso, o que ela faz de errado não é porque ela não sabe, mas porque ela não quer. Por exemplo: o motorista avançou o sinal e atropelou uma pessoa. Neste caso, ele desobedeceu o sinal, mesmo sabendo que não deveria passar. Correu o risco de atropelar alguém, o que infelizmente aconteceu. Ele, o motorista, mesmo sabendo, ignorou o sinal. Podemos chamá-lo de ignorante, agora no sentido moral da palavra.

Seria muito fácil, Maria Helena, se todos nós fizemos precisamente aquilo que temos de fazer; ou seja, se cada um de nós aplicasse na vida o bem que aprendemos. Infelizmente não é assim. Nesse sentido, portanto, podemos dizer que muitas vezes agimos por ignorância, simplesmente porque não acreditamos na vantagem de fazer o bem. E isso pode acontecer todo dia ou mais de uma vez por dia. Imagina uma família: se as várias pessoas da família também cometem esse mesmo tipo erro. No final do dia teremos a soma de todos os erros da família.

Imagina, agora, se isso acontece com a comunidade, com cidade, com o país em finalmente, com o mundo todo. São milhões, bilhões de pessoas cometendo erros diariamente, não porque não sabem o que estão fazendo, mas porque têm seus motivos, seus pretextos, suas vontades, seus caprichos. Então podemos afirmar que, nesse sentido, há muita ignorância no mundo. E não foi por outra razão que, bem próximo à morte e diante dos seus algozes, Jesus suplicou: “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem”.

Esse pedido de perdão que Jesus fez a Deus, não vinha apenas em favor daqueles que o maltrataram e que o executaram. Vinha em favor de toda a humanidade, porque todo ser humano erra. Muitas vezes, ele age contra seus próprios princípios, porque acha que assim obterá alguma vantagem para alimentar seu egoísmo e seu orgulho. Mesmo sabendo que está errado, acaba se entregando à tentação que nasce da fraqueza moral de seu coração, para se arrepender depois ou muito depois. Por isso, o mundo está cheio de ignorância, Maria Helena.

Todavia, podemos dizer que há erros e erros. Há erros que são pequenos erros e têm poucas consequências, mas há erros que são grandes e trazem prejuízos enormes, até mesmo para um povo ou para toda a humanidade. Emmanuel, o Espírito que orientou Chico Xavier na sua missão, costumava afirmar que nossos atos são como sementes. Algumas, quando introduzidas na terra, logo crescem e dão frutos; outras demoram mais tempo e outras, ainda, demoram muito para produzir.

Jesus, porém, acredita no homem, quer que ele descubra uma maneira de superar suas más tendências, que aprenda o bem e o coloque em prática, que saiba como evitar o mal e agir com dignidade e respeito para consigo próprio. Porque assim, ele poderá aprender também a respeitar seus irmãos de humanidade e amá-los. É o que esperamos que aconteça nestes próximos séculos com a conscientização de uma boa parte da humanidade para promover a paz e a justiça, começando pela transformação moral de cada um de nós.


Monday, August 8, 2022

SEM FRONTEIRAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A conhecida vila litorânea de Cascais, a meia hora de Lisboa, capital portuguesa, ficou abalada quando se difundiu nos noticiários do dia 15 de fevereiro de 1985, a notícia da morte por acidente com arma de fogo do jovem Carlos Teles Sobral Junior, um dos filhos do casal Yolanda e Carlos Teles Sobral. Aeronauta a companhia aérea importante, por seu pai de serviço há vários anos na rota Portugal /Brasil /Portugal, o que acabou por fazer sua filha Mônica fixasse residência na manutenção, o que, por sinal, cidade na ocasião, sua mãe a seu lado. Seu pai encontrou o cumprimento de um problema, contudo, quando sua tentativa de resolver o problema, ocorreu o ocorrido para alguns negócios. A perplexidade ante o impacto da ocorrência converteu-se em desespero e diante do fato inexplicável.Junior, 25 anos, estudante, loja de artigos musicais montados pelo pai para que ele se mantivesse ocupado. Nada justifica por isso um suspeito, nem existir de qualquer tipo de armamento entre os pertences do filho. Dolorosos dias falaram-se semanas quando ouviram sobre Chico Xavier e, desesperados, deslocaram-se para Uberaba, Minas Gerais. No Grupo Epíita Prece, na primeira parte da recepção psicograficamente das consultas, recebidas como respostas, receberam as seguintes respostas: “- Jesus nos aceita. Notícias são recebidas oportunamente. Confiemos no amparo de Jesus, hoje e sempre”. Esperanços, retornaram no dia 18 maio e, entre, ouvir ao final das cartas recebidas naquela noite/madrugada a ansiada, originadora e confortadora carta do amado filho. Logo no início da missiva, Junior revela detalhes apenas do conhecimento dos familiares: “... o papai Carlos julgou prudente que me demorasse em Portugal, até que pudéssemos decidir detalhes de nosso reencontro, que ainda não sabíamos se no Rio ou em Lisboa” . Mais adiante, mostre um aspecto de sua personalidade e absolutamente desconhecido pelos mais próximos: “- Em minhas travessuras de rapaz, que deveria ajustar-se aos princípios renovadores cabíveis em minha própria idade, em minhas travessuras, repito, não fui amigo de um que se habituara a passar a alugar a nossa moradia, suscitando-me o desejo de moradia experimentei a paciência com meus pensamentos de rapaz acriançado que eu era. Se tivesse conhecimento de sua passagem, ao lado de nossas portas, alegrava-me vê-lo atarantado com os sustos que lhe impunha, especialmente em jatos de água a descerem do alto sobre o pobre passante. Certa vez em que ele era seguido de uma criança, esculpi a figura de uma serpente em papelão pintado a caráter, controlando o imaginário animal com uma corda quase invisível para ele. Em dado momento, colocou a criança rente a ele e tamanha foi a sua reação, ao ver que a criança tomara de terror, que o amigo,Claro tais detalhes surpreendem aos familiares, que ignoram tais atitudes do filho. Prosseguindo, Junior devenda que nem a chave conseguiu o:“– Pois, o inconcebível aconteceu. Eleu que o pai se ausentasse de casa e, percebendo-me a sós, penetrou o recanto e, ao encontrar-me, despejou o projétil que me estirou no piso do quarto... Estava sob a impressão de meu injustificável espanto, espero ainda o incapaz de mover-me, colocar em minha mão esquerda a arma que funcionaria, a rigor, em minha mão, largada à imobilidade da desencarnação. Não consegui por socorro porque a hemorragia fulminante me subtraiu todas as possibilidades de movimento e, caindo no estado de comaçao em que me vi, ainda consegui observar a cautela com que retirara de nossa casa, naturalmente recebendo qualquer reserva aberta. Quem foi? Não sei. Que não aumentará devo saber, que dificultará em agravar as consequências que E nos demais, por todos, de um momento para outro. Não vi o pai quando fui encontrado inerte. Minha visão física parecia anulada...”.. Junior , que me prossegue “- Uma condição de minha bisavó Maria Pereira Nunes, às pressas, me retirou da senhora de minha provação. Em seus braços fortes e acolhedores consegui o sono que necessitava e, desde então, despertando transformado em meus sentimentos mais íntimos, refletindo sobre a ocorrência que a polícia finalmente não desvendaria” . A perícia foi qualificada apenas como um acidente com arma de mão na ocorrência, como a superfície foi identificada como fogo, quando o revólver foi identificado como o detalhe da posição do revólver foi identificado como sendo o detalhe da posição da esquerda com a mão esquerda do fogo.


Se, segundo o Espiritismo, a desobsessão se realiza num tempo determinado, como entender as desobsessões instantâneas geradas por Jesus? Como, por exemplo, o caso do endemoninhado de Gadara? Pergunta do ouvinte Cristiano, da cidade de Vera Cruz.

Desobsessão, na linguagem espírita, é o processo pelo qual se liberta uma pessoa da ação de um ou mais Espíritos que querem prejudicá-la. No meio espírmos que esse processo não é considerado simples à primeira vista, pois a ligação é considerada simples quanto à primeira vista – ou entre a vítima da obsessão – ou entre a vítima da obsessão – pode ser considerada profunda e muito complicada e o autor pode ser considerado tão simples quanto o tempo para que esses pontos sejam cometidos e muito complicador, parecernado o tempo para que esses laços sejam considerados tão simples quanto o tempo para que esses laços sejam considerados como sendo tão simples quanto o tempo para que esses laços sejam cometidos e muito complicador. definitivamente rompidos.

O Cristiano se fez referência, no entanto, a casos relatados com nos evangelhos que Jesus teve uma ordem simples, que se referiu imediatamente de suas vítimas. É claro que casos são necessários, Cristiano, considerados diversos fatores, porque cada situação é um caso que é um caso. Mas o que você quer saber é por Jesus ter obtido sucesso tão imediato no que eles encontraram Espíritos.

Nesses casos, precisamos considerar, pelo menos, três aspectos. Primeiro, a autoridade moral de Jesus. Em segundo lugar, o que ele queria ensinar às pessoas e, por aquele povo podia entender o último que ele demonstrava. Ora, Jesus, como Espírito puro, pelo seu grau de espiritualidade, já era suficiente para afastar as influências apenas com a sua presença. Claro, ele irradia vibrações elevadas de amor que Espíritos maldosos não podem suportar.

Ao mesmo tempo, devemos considerar que Jesus estava considerando todos os influências inferiores dos Espíritos inimigos. povo, Espíritos inimigos eram vistos como demônios, os seres amadiçoados por Deus e seres devotados inteiramente ao mal. Sabemos hoje que, quanto mais comprometidos com o mal, mais favorecemos a aproximação de inimigos desencarnados. Além disso, somente o amor (do qual emanam vibrações de elevado teor espiritual) é capaz de anular qualquer ação má.

Consideremos também que as narrativas dos evangelhos, no que diz respeito aos fatos mediúnicos, se deram de acordo com as crenças daquela época e aquele povo. Espíritos maus eram vistos como demônios que disputavam com Deus as almas humanas. Os evangelistas não tinham os maiores conhecimentos, como portanto, não eram tão importantes quanto as pessoas, sabiam tais influências. Apenas se preocupem em registrar o fato de que Jesus atende às vítimas da obsessão.

Vídeos não são capazes de curar a grandeza espiritual de Jesus e podemos tentar nos simular curar a obsessão apenas por um simples toque de vontade ou por um simples toque. Elevação de espiritualidade, mas não para intimidar. Sua moral era suficiente para desarmá-los dessas pretensões e fazer com que se afastassem o mais depressivos de suas vítimas.


Friday, August 5, 2022

VETO DO DESTINO ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Aproximava-se do final do ano de 19 2. A maratona das 8, porque as tentativas do Brasil entraram na intensa reta final. Depois de uma reunião marcada por vários encontros políticos do Paraná, o jovem parlamentar Heitor Furtado ou o parlamentar Heitor Furtado ou uma sexta-feira de um posto dormir que o acompanhava, após abasteu-em sugestão o veículo de cidade de que nós mesmos, estacionando para, dormindo um pouco. A madrugada do dia 22 de avançava e a certa altura, um movimento policial abordou-os, o policial abordou-os, o recurso Heitor, despertando, talvez, num brusco, levou um dos soldados da campanha a disparar um tiro que o atendeu fatalmente. A notícia teve repercussão ampla, provocando comoção em todo o País, publicação em discussão e discussão, o despreparo policial.O inesperado da perda, a violência, a perplexidade e a dor, levou, quarenta dias depois, a mãe, Miriam, advogada e professora, e o pai, José Alencar Furtado, deputado federal cassado, quando líder da oposição na Câmara, a se juntarem ao Número de pessoas apresentadas numa das reuniões do Grupo Espírita da Prece, em muitas inesperadas e dos queridos esperados por muitas inesperadas novidades e dos queridos notícias de quais se separaram pelo fenômeno da morte. Seus exercícios foram compensados ​​ao ouvir, entre outras psicografadas por Chico Xavier, naquela noite/madrugada, emocionada e reveladora carta de Heitor. Hábil com as palavras, o político desencarnado aos 30 anos, diz no início de seu textoa perplexidade ea dor, levadas, quatro dias depois, a mãe, Miriam, advogada e professora, eo pai, José Alencar Furtado, deputado federal cassado, líder da oposição na Câmara, a se reunirem ao grande número de pessoas presentes das reuniões Espírita Prece, em Minas Gerais, em muitas notícias dos esperados e esperados queridos se separaram pelo inesperado fenômeno da morte. Seus exercícios foram compensados ​​ao ouvir, entre outras psicografadas por Chico Xavier, naquela noite/madrugada, emocionada e reveladora carta de Heitor. Hábil com as palavras, o político desencarnado aos 30 anos, diz no início de seu textoa perplexidade ea dor, levadas, quatro dias depois, a mãe, Miriam, advogada e professora, eo pai, José Alencar Furtado, deputado federal cassado, líder da oposição na Câmara, a se reunirem ao grande número de pessoas presentes das reuniões Espírita Prece, em Minas Gerais, em muitas notícias dos esperados e esperados queridos se separaram pelo inesperado fenômeno da morte. Seus exercícios foram compensados ​​ao ouvir, entre outras psicografadas por Chico Xavier, naquela noite/madrugada, emocionada e reveladora carta de Heitor. Hábil com as palavras, o político desencarnado aos 30 anos, diz no início de seu textoas pessoas se juntam em uma das reuniões separadas do Grupo Espírita, queridas em Uberaba, Minas Gerais, muitas novidades e esperas de notícias dos quais são conhecidos pelo fenômeno da morte. Seus exercícios foram compensados ​​ao ouvir, entre outras psicografadas por Chico Xavier, naquela noite/madrugada, emocionada e reveladora carta de Heitor. Hábil com as palavras, o político desencarnado aos 30, diz no início de seu texto como das pessoas separadas do Grupo Espírita as palavras Prece, queridos em Uberaba, Minas Gerais, muitas novidades e esperas por notícias de entes dos quais são conhecidos pelo inesperado fenômeno da morte.Seus exercícios foram compensados ​​ao ouvir, entre outras psicografadas por Chico Xavier, naquela noite/madrugada, emocionada e reveladora carta de Heitor. Hábil com as palavras, o político desencarnado aos 30 anos, diz no início de seu texto a emocionada e reveladora carta de Heitor. Hábil com as palavras, o político desencarnado aos 30 anos, diz no início de seu texto a emocionada e reveladora carta de Heitor. Hábil com as palavras, o político desencarnado aos 30 anos, diz no início de seu texto: “- Estamos na situação que, em verdade, não prevemos. No plano físico a inteligência não se entrega a qualquer cuidado diante das ideias da morte. E é uma pena que não se tenha por aí alguma ponta de esclarecimento sobre o assunto tão grave, quão grave. As pessoas quase sozinhas. Não fomos nós mesmos que como largamos desprevenidos e é muito difícil para o homem integrado nos seus próprios ideais refletem sobre os problemas da morte. Não se queixar-me quando posso reservar é de tantos”. O comentário/desabafo reveste-se de verdades profundas. As questões de maneira geral, muitas vezes, podem distanciar-se das questões de tempo. No tocante à morte e seus desdobramentos, por sinal, não tem nada a dizer a não ser palavras vazias e evasivas, presas a dogmas e milenares. Heitor, avançar: “-Deixemos como divagações e vamos ao que nos interessa objetivamente. A sexta-feira fora de muita atividade e estafa provisória nos apanhou em caminho. Tão fatigado me, que nosso Fábio me esperau o mais rápido possível. Não resiste ao apelo. Desligamos o motor e, com naturalidade, como se estivéssemos em nossa própria casa, curtimos a pausa, que nos apareceu necessário e oportuna. Acredito que o amigo velava, enquanto o sono me anestesiava a mente e os nervos cansados. Sinceramente, não conseguiria imaginar alguém que nos tomasse por malfeitores potenciais. Entretanto, de lado, contemporâneos ou amigos nossos espreitavam o carro parado com dois homens que não reconhecíamos de imediato. O que se dizem todos. Os homens armados chegaram com vozes altas. Acordei surpreso e notei, mais com a intuição do que com a lógica, que os recém-chegados eram pessoas em ofensivas, tão inofensivas que um deles tocou a arma sem saber manejá-la. O termo e embora não seja tumultuado o meio que se desça que o tiro não é tumultuado o meio que se dirige ao tiroteio. O que não esperaria meu companheiro a querer tão corre-me, sem qualquer possibilidade para isso, enganava”. Esse trecho da cartafluençou a decisão final do julgamento ocorrido em 26 de setembro de 1984, no Fórum de mensagemguari, onde tramitou o processo contra o soldado responsável pelo tiro, já que a defesa ocorreu como prova documental pela defesa. Detalhando suas pessoas do momento dramático, Heito escreveu: “-Refletimos, pais dedicados e amigos, em nossa querida Evelyn, mas isso foi por um instante rápido. Acostume-se a tentar de tudo. Pai, é preciso muita força, para que a gente veja assim sem ideias para o controle próprio. Escute os gritos e como pedir a minha distanciou de mim e fiquei só com a minha sonolência a me mergulhar na inconsciência total. Sonhei que me carregam para o sítio diferente da paisagem de Paranavaí, no entanto estava inabilitado a formular perguntas. “-Seria aquilo a morte?” indagava a mim mesmo. Entretanto, o tempo não me perquirir todas as tentativas e dormir profundamente até que despertei soluço como um amigo os movimentos. Depois do assombro natural, vim a saber que estava diante do vovô Heitor, nada mais que isso(..). Receber o veto do destino”.



O nosso habitual ouvinte, Cristiano, da cidade de Vera Cruz, nos trouxe por Whatsaap a seguinte questão: “Existe lei de ação e reação no caso de homicídio cometido em legítima defesa? Qual a opinião do Espiritismo?

Primeiramente, Cristiano, permita-nos explicar o que é “homicídio por legítima defesa” para o entendimento dos demais . Homicídio é ato de tirar a vida um ser humano – ou seja, matar uma pessoa - um crime hoje tipificado no código penal de todos os países. O homicídio, praticado desde as épocas mais remotas da humanidade, de uma maneira geral, foi sempre condenado como crime grave contra a sociedade, haja vista que consta dos 10 mandamentos do povo hebreu, “não matarás”.

Em geral, como acontece no código penal brasileiro, só há uma justificativa para o homicídio: quando se trata do último recurso de que a pessoa se utiliza para defender a própria vida. Explicamos melhor: uma pessoa investe contra outra pessoa com uma arma mortífera (um revolver ou uma faca, por exemplo) e, diante dessa circunstância, a vítima não vê outra saída, naquele momento, senão atacar o agressor que, em consequência, vem perder a vida. Neste caso, aquele que queria matar acabou morrendo e a vítima se tornou um homicida.

Em tese, o que se considera legítima defesa é, portanto, o único meio pelo qual a vítima da agressão pôde se livrar da morte, tirando a vida do agressor. Caso não o matasse, ela teria morrido. O código penal é muito claro quanto a restringir a legítima defesa à única e exclusiva chance do indivíduo se livrar de alguém que quer mata-lo, porque, se se descobrir que havia outro meio que não fosse a morte do agressor e a vítima dele não se utilizou, o ato que cometeu não caracteriza a legítima defesa.

Como podemos perceber, às vezes não é tão fácil caracterizar um ato de homicídio por legítima defesa, até porque a justiça humana não reúne meios capazes de penetrar na verdadeira intensão do homicida. A prova da legítima defesa deve ser feita em juízo, reunindo possíveis elementos de convicção – geralmente testemunhas – para que o juiz pronuncie a sentença da forma mais segura possível. Evidentemente, a sentença de absolvição ou condenação do homicida da justiça humana pode ser diferente do entendimento da Justiça Divina.

O que diz o Espiritismo sobre aquele que mata em legítima defesa? Na questão 747 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS lemos o seguinte: O homicídio tem sempre o mesmo grau de culpabilidade? Resposta: “Já o dissemos: Deus é justo e julga a intenção mais do que o ato.” Questão 748 – Deus escusa o homicídio no caso de legítima defesa? Resposta: “Só a necessidade pode escusá-lo, mas se puder preservar a vida sem atingir a do agressor, deve fazê-lo”. Fica claro, portanto, que ante a questão da culpabilidade, o Espiritismo dá o mesmo tratamento ao caso que as leis penais humanas.

A única diferença, entretanto, está na apuração da verdade, pois o aparato judicial humano nem sempre é capaz de auscultar as verdadeiras intenções do homicida que são secretas, o que não acontece na lei de Deus. Precisamos deixar bem claro que ninguém além de você sabe de suas próprias intenções, pois, em última instância, quem vai nos julgar pelo ato cometido é a chamada consciência moral. E este é apenas um dos aspectos da lei de causa e efeito ou lei da ação e reação.

A questão do sentimento de culpa do agente do crime é inteiramente pessoal, de onde decorre que uma pessoa que matou outra por legítima defesa, pode não se sentir totalmente livre desse sentimento, dependendo de suas mais íntimas intenções, e isso pode acarretar-lhe sofrimento. Este é o aspecto mais importante da questão, pois não há sofrimento maior do que aquele que nós impingimos contra nós mesmos. Podemos até nos livrar da perseguição do inimigo, mas não temos como nos livrar da acusação da própria consciência.

É claro, portanto, que a Lei de Causa e Efeito, está presente em todos os nossos atos com consequências mais ou menos desagradáveis quando erramos, mas os piores sofrimentos que decorrem de erros cometidos serão forjados por nós mesmos e não pelos nossos pretensos perseguidores. Por isso, os Espíritos, respondendo a Kardec, deixaram claro que o que vale na Lei de Deus são nossas intenções, mais do que nossos próprios atos.

Tuesday, August 2, 2022

SERÁ POSSÍVEL- ALLAN KARDEC DIZ QUE SIM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Pode uma pessoa encarnar mais mal numa existência que em sua ação precedente? Em artigo com que abre a edição de junho de 1863 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec afirma que sim. Parte do princípio da não retrogradação do Espírito, explicando o retrocesso se dá no sentido de nada perderem do progresso, podendo ficar momentaneamente estacionários. Esclarece, entretanto, “que de bons não podem tornar-se maus, nem sábios, ignorantes. Tal é o princípio geral, que só se aplica ao estado moral e não à situação material, que de boa pode tornar-se má, se o Espírito a tiver merecido . Façamos uma comparação. Estamos contratados um homem do mundo, instruídos, mas entregamos um crime que o conduz à prisão.Claro há para ele uma grande descida como posição social e como bem estar material. À estimativa e à consideração sucederam o desprezo e a abjeção. Entretanto ele nada perdeu quanto ao desenvolvimento da inteligência; à prisão as suas faculdades, seus talentos, seu conhecimento. É um homem e é assim que devem ser ligados aos Espíritos decaídos. Deus pode, pois, ao cabo de tempo de prova, retirar de um mundo onde não terá onde não progredirá aqueles ou estranhos , seres que se rebelam, se rebelam contra as suas leis, mandando que expiem erros e seu suporte num mundo inferior , entre ainda adiantados.Aí será o que eram antes, moral e intelectualmente, mas numa condição naturalmente mais penosa, pela própria do Globo e, sobretudo, pelo meio no qual se acharem. Numa palavra, um homem civil forçado na vida entre os selvagens ou homem, condenado à sociedade dos forçadas de posição total (como nos regimes totalitaristas). Perderam a posição e as vantagens, mas não regrediram ao estado primitivo. De adultos não se tornaram crianças. Eis o que se deve entender pela não-retrogradação. Não tendo aproveitado o tempo, é para eles um trabalho a recomeçar. Em sua bondade, Deus não os quer deixar por mais tempo paz entre os bons, cuja perturbam. Por isso os envia entre homens que têm como missão fazer estes últimos progredirem, ensinando-lhes o que sabem. Por esse trabalho pode ser por conta própria, adiantar-se e eles podem se proteger, expiando como faltas passadas, como o escravo que pouco a pouco para um dia comprar a liberdade. Mas como o escravo, muitos só economizam dinheiro, em vez de amontoar virtudes, as únicas que podem pagar o resgate. Esta tem sido, até agora, a situação de nossa Terra, mundo de expiação e prova, onde a raça adâmica, raça inteligente, foi exilada entre as raças primitivas inferiores, que a habitava antes. Tal a razão pela qual há tantas amarguras aqui, e que estão de sentir no mesmo grau os povos selvagens. Há, certamente, retrogradação do Espírito no sentido de que recua seu caminho, mas não do ponto de vista de suas aquisições, em razão das quais e do desenvolvimento de sua inteligência, sua derrota social lhe é penosa. É assim que o homem do mundo sofre mais num meio abjeto daquele que sempre viveu na lama”. Mais à frente, indagação:-“Nero pode, como Nero, ter feito mais mal que na sua precedente encarnação? A isto respondemos sim, o que não implica que na existência em que tivesse feito menos mal fosse melhor. Para começar, o mal pode mudar a forma sem ser pior ou menos mal. A posição de Nero, o tendo posto em prova, o que ele ficou mais notado; numa existência podíamos ter atos tão repreensíveis, posto que em menor escala e que obscura percebibidos. Como Soberano pode incendiar uma cidade; como pessoa comum pode queimar uma casa e fazer perecer a família. Tal um assassino, que apenas na posição de alguns viajantes, está fazendo uma grande escala ou um assalto que permite um escalada para um tirano. Considerando a questão de outro ponto de vista, diremos que um homem pode fazer mais mal numa existência que na precedente, mostrando vícios que não tinha, sem que isso implique uma degeneração moral. vezes são as circunstâncias que faltam para fazer o mal, quando o muitas vezes existe latente; vem a ocasião e os maus instintos se revelados. A vida comum oferece vários exemplos: certo homem que não se arrependeu, revela vícios que suspeitava, e que ninguém causam confusão. É porque sabia que uma causa diferente causou o desenvolvimento da má sensibilidade”. que era tido como bom, de repente revela vícios e que ninguém suspeitava, que causam confusão. É porque sabia que uma causa diferente causou o desenvolvimento da má sensibilidade”. que era tido como bom, de repente revela vícios e que ninguém suspeitava, que causam confusão. É porque sabia que uma causa diferente causou o desenvolvimento da má sensibilidade”.



Cristiano, de Vera Cruz, trouxe-nos outra questão. Diz ele: “Solicito esclarecimentos sobre a resposta à questão 345 do livro O CONSOLADOR pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Chico Xavier. Como entender a legítima defesa nessa resposta?”

Numa edição anterior, respondemos uma pergunta do Cristiano sobre como o Espiritismo vê a legítima defesa no caso de homicídio, ou seja, quando uma pessoa mata outra apenas para ser morta por ela. A questão, agora, de que Emmanuel se ocupa nessa obra, questão 345, trata da afirmação de Jesus, “se alguém te bater numa face, apresenta-lhe a outra”, ou seja, como o cristão deve reagir num caso de agressão ou ofensa.

Allan Kardec, n’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, capítulo XII, “Amai os Vossos Inimigos”, trata muito bem deste assunto, precisamente no item “Se alguém vos bate na face direita, oferece-lhe também a outra”. Achamos brilhante o argumento de Kardec e, por isso, vamos reproduzi-lo em parte. Gostaríamos que vocês atentassem bem para a argumentação de Allan Kardec:

Os preconceitos do mundo sobre o que se convencionou chamar “ponto de honra”, dão essa sensibilidade sombria, nascida do orgulho e da exaltação da personalidade, que leva o homem a retribuir injúria por injúria, insulto por insulto, o que parece justiça para aquele cujo senso moral não se eleva acima das paixões terrestres; por isso, a lei mosaica dizia “olho por olho, dente por dente”, lei que estava em harmonia com o tempo em que Moisés vivia. “

Jesus veio e disse: “retribui o mal com o bem”. E disse mais “não resistais ao mal que se vos queiram fazer; se alguém vos bater numa face, apresentai-lhe também a outra”. Ao orgulhoso esta máxima parece uma covardia, porque ele não compreende que haja mais coragem em suportar um insulto do que em se vingar, e isso sempre por essa causa que faz com que a sua visão não se transporte além do presente.”

Entretanto – continua Kardec – é preciso tomar essa máxima ao pé da letra? Não mais do que aquela que diz para arrancar o olho se ele for motivo de escândalo. Acentuada em todas as suas consequências, seria condenar toda repressão, mesmo legal, e deixar o campo livre aos maus, dissipando-lhes todo o medo. Se não se opusesse um freio às suas agressões, logo todos os bons seriam suas vítimas. O próprio instinto de conservação, que é uma lei natural, diz que não é preciso estender benevolentemente o pescoço ao assassino.”

Por essas palavras, portanto, Jesus não interditou a defesa, mas condenou a vingança. Dizendo para apresentar uma face, quando a outra for agredida, é dizer sob outra forma que não é preciso retribuir o mal com o mal, que o homem deve aceitar com humildade tudo o que tende a rebaixar seu orgulho, que é mais glorioso para si ser ferido do que ferir, suportar pacientemente uma injustiça do que ele próprio cometer uma, que vale mais ser enganado do que enganador, ser arruinado do que arruinar os outros”.

Na verdade, Cristiano, ante a colocação de Allan Kardec, fica muito clara a posição espírita diante da assertiva de Jesus quanto à situações que chamamos de legítima defesa, até porque o primeiro compromisso que cada um de nós assume, quando reencarna neste mundo, é consigo mesmo. Todavia, o problema está em sabermos discernir até onde devem ir nossas reações diante da ofensa ou da agressão, para não extrapolarmos o bom senso e usarmos de maldade e vingança a pretexto de estarmos defendendo nossos direitos.