Tuesday, May 27, 2025

O PROBLEMA DA CREMAÇÃO

 " O Espírito André Luiz considera que, excetuando-se determinados casos de mortes em acidentes e outros casos específicos, em que a criatura necessita daquela provação, ou seja, o sofrimento intenso no momento da morte, este de um modo geral não traz dor alguma porque a concentração demasiada do dióxido de carbono no organismo anestesia do sistema nervoso central. Explica que a ocorrência da concentração de gás carbônico alteia o teor da anestesia do sistema nervoso central provocando um fenômeno que eles chamam de acidose. Com a acidose vem a insensibilidade e a peculiaridade não tem estas consequências de sofrimento que imaginamos ”. Embora a resposta tenha sido dada pelo médium Chico Xavier em esclarecedora entrevista quando da realização da pioneira cirurgia de transplante de coração realizada em 1968, no Brasil, certamente pode servir para avaliarmos a questão da cremação realizada no lado Ocidental da Terra, através da Europa, no início do século 20, visto que na milenar e Índia Oriental faz parte das tradições do Bramanismo, atual Hinduísmo. Consultado em 1935 sobre o assunto, o Espírito Emmanuel , esclareceu, contudo, que a mesma “ nunca deverá ser levada a efeito antes do prazo de 50 horas após o desenlace ”, considerando que “a cremação imediata ao chamado instante da morte é, portanto, nociva e desumana ”. Compreende-se porque através da explicação de Allan Kardec sobre a experiência da morte: -“Por ocasião da morte corpórea, o Espírito, entra em perturbação, e, perde a consciência de si mesmo, de sorte que jamais testemunha o último suspiro do seu corpo. Pouco a pouco a perturbação se dissipa e o Espírito se recupera, como um homem que desperta de sono profundo. Sua primeira sensação é a de estar livre do fardo carnal; segue-se o espanto, ao reparar no novo meio em que se encontra. Acha-se na situação de um a quem se cloroformiza para uma amputação e que, ainda adormecido, é levado para outro lugar. Ao acordar, ele se sente livre do membro que o faz sofrer; corpo ocorreu morte para o Espírito, apenas sono houve ”. A realidade diante do fato, porém, depende de cada um. O Espírito Irmão X , através do próprio Chico Xavier pondera:-"Morrer não é libertar-se facilmente. Para quem varou a existência na Terra, entre abstinências e sacrifícios, a arte de dizer adeus é alguma coisa da felicidade apaixonadamente saboreada pelo Espírito, mas para o comum dos mortais, afeitos aos “comes e bebes” de cada dia, para os senhores da posse física, para os campeões de conforto material e para os exemplares felizes do prazer humano, na mocidade ou na madureza, a cadaverização não é serviço de algumas horas. Exige tempo, esforço, auxílio e boa vontade ”. No mesmo texto, indaga: -“Não seria apenas conferir pelo menos três dias de preparação e refazimento ao peregrino das sombras para a desistência voluntária dos enigmas que o afligem na retaguarda? ”. O extraordinário acervo de mensagens-depoimento psicografadas pelo famoso meio demonstra a utilidade dessa precaução, prevista, por sinal, na legislação brasileira. De qualquer forma, oportuno considerarmos o comentário do Espírito Emmanuel : -“Mesmo que a separação entre o Espírito e o corpo não se tenha completado, a Espiritualidade dispõe de recursos para evitar que corra penas e sofrimentos ...”.

SABEDORIA DE CHICO XAVIER

 Sempre útil, uma vez ou outra, rever passagens da vida do inesquecível Chico Xavier. Há situações em que coletamos-se precisos ensinamentos para os momentos em que os desafios da vida que nos procura fogem das experiências típicas dos habitantes de um planeta de Expiação e Provas. Vejamos alguns: . 1- Um companheiro espírita, certa vez, disse: - Chico, o Evangelho está ultrapassado. Chico respondeu: - Emmanuel está aqui e pede para dizer a vocês que o Evangelho só vai ficar ultrapassado o dia em que toda a Humanidade o coloca na prática. 2- Uma pessoa que, ao observar os necessitados tomando sopa, perguntou para Chico Xavier r: - O senhor acha que um prato de sopa vai resolver o problema da fome no mundo? Chico, sem titubear respondeu: - O banho também não resolve o problema da higiene no mundo, mas nem por isso podemos dispensá-lo. 3- Certa vez, alguém perguntou a Chico Xavier, sobre o que os Espíritos dizem a respeito da natureza do corpo de Jesus, ele respondeu: - Jesus é como o Sol num dia de céu azul, e nós somos apenas palitos de fósforo acesos, à hora do meio-dia. O que é importante saber, e discutir, é sobre os seus ensinamentos e sua Vivência Gloriosa. 4- Muita gente identificou Chico em seu trabalho e isto começou a causar-lhe problemas. Certa vez uma senhora, em adiantado estado de perturbação, foi procurá-lo. O chefe não queria que ele atendesse ninguém em seu ambiente de trabalho, então, foi dito à senhora que o Chico estava em casa. Para lá se passou ela, sendo informado que o Chico estava trabalhando. Voltou, novamente, ao emprego e disse que o nosso amigo saiu, a serviço. Ela resmungou qualquer palavrão e se foi. À noite, quando as portas do Centro se abriram, ela avançou sobre ele e deu-lhe consideráveis ​​bofetões no rosto. Quando acabou de desabafar, através da agressão, falou com voz nervosa e trêmula: - Você está pensando que tenho tempo para andar atrás de você para cima e para baixo? E, agora, já para aquela sala que você vai me dar um passe, cachorro. A senhora sentou-se numa cadeira e ficou esperando. O Chico começou a pensar: "Senhor Jesus, para se transmitir um passe precisamos estar calmos, com o coração voltado para o amor ao próximo. O Senhor sabe todas as coisas e sabe que não estou com raiva dela, mas ela me deixou num estado meio diferente. Ajude-me, Senhor ". Então, o espírito de Emmanuel aparece e diz: - Para ajudar-la é preciso alcançar-lhe o coração. Converse com ela. E o Chico, falou para a irmã em sofrimento: - Minha irmã, a senhora me perdoe ser uma pessoa tão preocupada. Não pude atendê-la no meu emprego porque meu chefe não permite. A senhora compreende, estou ali para servir porque tenho muitos irmãos para ajudar. Foi conversando... conversando, e a mulher se acalmando, para, em seguida, começar a chorar. O Chico, então, transmitiu-lhe o passe e ela foi devolvida à razão. Depois de sua saída, o médium disse ao Espírito de Emmanuel: - Emmanuel, eu não estou com a razão? A resposta foi esta jóia da caridade cristã: - Você está com a razão, mas ela está com a necessidade. No outro dia, quando o Chico chegou ao serviço, ficou com o rosto todo inchado. Seu chefe indagou o que ocorreu. E ele respondeu: - Bati na porta . Ele, então, olhou-o por sobre os óculos e perguntou, novamente: - Mas, dos dois lados? 5- O Chico passando por grandes dificuldades. Problemas gigantescos se avolumavam sobre sua cabeça. E tão gigantescos que ele disse ao Espírito Emmanuel se não era possível rogar às esferas superiores um conselho de Maria de Nazaré, que ajudava naqueles dias tão difíceis. Alguns dias se passaram, quando o espírito de Emmanuel lhe disse que o generoso espírito de Maria havia atendido ao seu pedido, enviando-lhe a seguinte frase : Isso Também Passa . Contou Chico : - A frase foi para mim como anestesia sobre uma dor imensa. Fez-me tanto bem que a escrevi num papel e o coloquei sobre a cabeceira da minha cama. Todas as noites e todas as manhãs eu lia, sentindo grande consolo. Certo dia, um amigo ao entrar no meu quarto, achou a frase muito interessante, e disse; - Chico, vou fazer o mesmo; coloque esta frase sobre a cabeceira da minha cama. - Faça isso mesmo, meu filho, mas não se esqueça de que o espírito Emmanuel também me disse que ela serve tanto para os momentos tristes, como para os momentos alegres .

Friday, May 9, 2025

MEMÓRIAS REMOTAS NO COMPORTAMENTO SOCIAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Atavismo segundo o dicionário é o reaparecimento numa pessoa das características de um antepassado que é escondido por muitas gerações. Nenhum sentido figurado é sinônimo de hereditariedade ou aparecimento de características biológicas, intelectuais ou comportamentais. Analisado a manifestação do ponto de vista do Espiritismo, é o ressurgimento nas ações e respostas de indivíduos de referências arquivadas na memória integral do Ser, da Individualidade, do Espírito. Conforme possíveis respostas de serem acessadas num estudo criterioso da questão da reencarnação explicada pela Doutrina Espírita, a hereditariedade biológica subordina-se à hereditariedade psicológica. O Psiquiatra Jorge Andreia que o fez concluiu que “ o Espírito aproveita os potenciais genéticos dos pais, manipulando a dança dos cromossomos na destinação dos fatores hereditários ”. Nas obras do Espírito - também médico - conhecido como André Luiz ,   coletamos que “ quanto mais vastos os recursos espirituais de quem retorna à carne, mais complexo é o mapa de trabalho a ser obedecido ”. Historicamente sabe-se que as religiões institucionalizadas causaram grande prejuízo à evolução do pensamento científico da Humanidade da Terra. A sujeição da Ciência no lado Ocidental do Planeta não tem dois séculos. Associando a visão do atavismo com o desenvolvimento da ciência, da formação de pesquisadores, enfim aqueles que buscam a Verdade naturalmente concluem que a autorização certamente não garante que conceitos e preconceitos gravados na memória de profundidade dos diretamente envolvidos no meio que perseguem respostas interfiram nos resultados. No século 20, por exemplo,   inúmeras obras, algumas relacionadas com trabalhos desenvolvidos dentro de critérios científicos considerados na visão acadêmica do termo, foram publicadas, sem que tenham sido reconhecidas ou consideradas pelo meio. Mais ou menos como aconteceu com as proposições do médico Franz Anton Mesmer sobre o magnetismo humano; com a hipnose de James Braid e do Abade Faria ; da Homeopatia do médico Samuel Hannemman , superficialmente avaliado pela Comunidade Científica à época do seu surgimento. Sabe-se que à época, início do século 19, a França se irradiava uma grande virada no campo da cultura que influenciaria o porvir, operando grandes mudanças na visão das coisas. A intolerância, filha preferida da ignorância limitou o aprofundamento das pesquisas sobre, por exemplo, a reencarnação do Engenheiro Albert De Rochas descritas no livro VIDAS SUCESSIVAS (1905) que foi por causa das revelações contidas em seu livro foi afastado do cargo de dirigente da Escola Politécnica de Paris; trabalho não demoradamente o respeitável do Psiquiatra Ian Stevenson descrito na obra VINTE CASOS DE REENCARNAÇÃO (1966); não avaliou o resultado das experiências de Morey Bernstein apresentadas no livro O CASO BRIDEY MURPHY; a característica Edgard Cayce relatada em O PROFETA ADORMECIDO. No Brasil, as experiências pioneiras da Psiquiatra Inácio Ferreira contadas no livro NOVOS RUMOS À MEDICINA (1946) ou do Engenheiro Hernani Guimarães Andrade reunidos em A REENCARNAÇAO NO BRASIL ; Hermínio Correia de Miranda com A MEMÓRIA E O TEMPO e EU SOU CAMILLE DEMOULIN ou mesmo dos profissionais da saúde mental e comportamental Hellen Wanbach; Edite Fiore ou Brian Weiss . Foram 16 séculos e milhares de gerações desde que o assunto foi proibido por decisão político-religiosa. Dependeremos de muitas gerações para que sejam franqueadas as portas do conhecimento para que as questões de saúde sejam avaliadas de uma forma mais ampla, considerada a condição integral do Ser Humano?




  

Vocês acreditam que a AIDS é um castigo de DEUS por conta do abuso e da perversão sexual que existe no mundo? ( Cléber)

  O Espiritismo não pode conceber que Deus castigue. Pelo contrário, Deus nos acolhe de nossas quedas, dando-nos sempre uma oportunidade de nos reerguer. Um pai bom não abandona nenhum de seus filhos. Leia com atenção a Parábola do Filho Pródigo. Não temos lugar para esta expressão “castigo divino”.Como disseram os espíritos a Kardec, Deus governa o mundo por suas leis, e os males que muitas vezes acontecem, são conseqüências dos atos que praticamos ou são experiências necessárias ao nosso progresso espiritual.

Não podemos entender, Cleber, que uma doença seja um castigo divino. Geralmente, a doença decorre do abuso ou da negligência com que tratamos o corpo e a alma nesta vida ou em vidas anteriores. No fundo, cada um de nós (individualmente) e todos nós (coletivamente) colhemos o que plantamos. A lei de causa e efeito é a mais elevada expressão da justiça. No entanto, para entender melhor esta questão é preciso conceber a reencarnação.

Veja, por exemplo, que hoje temos muitas crianças que já nascem com o vírus da AIDS, vítimas da negligência dos pais. Ora, seria absurdo conceber que Deus está castigando essas crianças por um mal que elas não fizeram. E, pior ainda, Cléber, seria conceber que, morrendo essa criança bem cedo, sem sequer conhecer a vida, Deus a teria criado apenas e tão somente para sofrer alguns anos na Terra.

A lei de causa e efeito funciona assim. Se plantamos boas sementes, colheremos bons frutos, mas se colhermos maus frutos é porque plantamos sementes de má qualidade. Desse modo, grande parte do sofrimento humano – seja em decorrência da AIDS ou de qualquer enfermidade – advém da forma como vimos nos conduzindo na vida, ou seja, depende do histórico de cada um. Quem anda no escuro sem tomar cuidado, com certeza, corre o risco de tropeçar, cair e se machucar.

  No passado da humanidade, as religiões sempre exploraram esta questão do sofrimento humano de forma indevida. E, para intimidar o homem, atribuíam o sofrimento à ira de Deus ou, até mesmo,  à traquinagem do demônio. Mas essa forma de pensar não consegue mais explicar a justiça e a bondade de Deus, pois entendemos que o problema está em nós. Jesus nos esclareceu esse ponto, ao dizer que Deus é Pai e que um pai nunca mal aos seus filhos. Muito pelo contrário. Portanto, não podemos culpar ninguém pelos tropeços que damos, quando a culpa pelos nossos sofrimentos é inteiramente nossa.

 

 

 

Sunday, May 4, 2025

PROFUNDA BELEZA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Na prodigiosa contribuição do Espírito Emmanuel através do médium Chico Xavier , existem textos que revelam inspiração superior. Um deles, ao que tudo indica, constituiu-se em mensagem dirigida a um grande trabalhador da Doutrina Espírita, desencarnado em acidente automobilístico em 1978, aos 65 anos de idade. Seu nome Rubens Romanelli , cujo histórico de vida revela um Espírito que cumpriu um programa reencarnatório marcado por dificuldades extremas, mas que certamente cumpriu a maioria dos desafios previstos. Tendo iniciado sua vida profissional aos onze anos o que impossibilitou continuar os estudos, aos 21 anos, em seis meses fez o chamado curso de maturidade, aos 26, ingressou por vocação na Faculdade de Filosofia, ingressando, posteriormente no magistério onde lecionou durante alguns anos, para, posteriormente, dedicar-se a professor na mesma Faculdade em que se formou, ligado à Universidade Federal de Minas Gerais. A suposição baseia-se no fato de que o texto pode ser encontrado em duas obras. A primeira, em PRIMADO DO ESPÍRITO (2000;Lachâtre),   próprio Romanelli , publicado inicialmente pelos fins da década de 50. A segunda, no livro PAZ E LIBERTAÇÃO , (1966; CEU), de Autores Diversos. A suposição prende-se no início da primeira transcrição onde o autor dirige-se ao destinatário “Meu filho”. Na segunda, o tratamento é omitido. Excetuando-se o título – na primeira QUANDO e na segunda MEDITAÇÃO e, o final da primeira em que se observa um parágrafo a mais, todo o resto é de profunda beleza. O teor da carta é o seguinte: - “Quando, nas horas de íntimos  desgosto, o desalento te invade a alma e as lágrimas te afloram aos olhos, busca-me: “eu sou aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas”.

Quando te julgares incompreendidos do que te circundam e vires que em torno de há indiferença, acerca-te de mim: "eu sou a luz, sob meus raios te aclaram a pureza de teus interesses e a nobreza de teus sentimentos!"

Quando você extinguir o ânimo para arrostar as vicissitudes da vida e te achar na iminência de desfalecer, chama-me: "eu sou a força capaz de remover-te as pedras do caminho e sobrepôrte às adversidades do mundo!"

Quando inclementemente você açoitarem os vendavais da sorte e se já não tiveres onde reclinar a cabeça, corre para junto de mim: "eu sou o refúgio em cujo seu seio encontrarás guarida para teu corpo e tranquilidade para teu espírito!..."

Quando te faltar a calma, nos momentos de maior aflição e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoque-me: "eu sou a paciência que te faz vencer as transes mais dolorosas e triunfar nas situações mais difíceis."

Quando você debate nos paroxismos da dor e tem a alma ulcerada pelos abrolhos, grite por mim: "eu sou o bálsamo que cicatriza as chagas e te minora os padecimentos!"

Quando o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que ninguém pode inspirar-te confiança, vem a mim: "eu sou a sinceridade que sabe corresponde à franqueza de tuas atitudes e à excelência de teus ideais!"

Quando a tristeza e a melancolia te povoarem o coração e tudo te causar aborrecimento, chama por mim: "eu sou a alegria que insufla um alento novo e te faz conhecer os encantos do teu mundo interior!"

Quando, um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela por mim: "eu sou a esperança que te robustece a fé e te acalenta os sonhos!"

Quando a impiedade recusar-se a relevar-te as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-me: "eu sou o perdão que te levanta o ânimo e promove a reabilitação do teu espírito!"

Quando duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções, e o ceticismo te avassalar a alma, recorre-te a mim: "eu sou a crença que te inunda de luz e entendimento e te habilita para a conquista da felicidade!"

Quando já não provaste a sublimidade de uma afeição terna e sincera e te desiludires do sentimento do teu semelhante, aproxima-te de mim: "eu sou a renúncia que te ensina a esquecer a ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do mundo!"

E quando, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta, à flor que desabrocha e à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda.

"Chamo-me AMOR, o remédio para todos os homens que te atormentam o espírito! Eu, sou JESUS!"


  Meu marido é uma boa pessoa, eu considero – comentou uma senhora – mas ele não tem religião. Embora tenha sido criado numa família católica, ele diz que não tem certeza de que a vida continua depois da morte. Eu venho lendo romances espíritas e às vezes comento com ele. Ele diz que tudo é muito bonito, mas, para acreditar, ele gostaria de ter uma garantia de que a vida continua.

Nós não podemos fazer nada para que seu marido acredite na sobrevivência da alma, minha senhora. Só ele pode fazer alguma coisa nesse sentido. Para isso, recomendamos que venha conhecer o Espiritismo, que leia, pelo menos, as obras fundamentais da doutrina, de Allan Kardec. Aliás, foi o próprio Kardec que tratou dessa questão, em O LIVRO DOS MÉDIUNS, capítulo sobre “O Método”. Nesse capítulo, ele faz interessante abordagem, de como devemos falar com as pessoas sobre o Espiritismo. A senhora deveria ler esse capítulo com atenção e mais de uma vez. Quem sabe, a partir dessa leitura, descubra alguma forma mais eficaz de tratar o assunto com seu marido, já que vocês demonstram que sabem dialogar.

De resto, podemos dizer que o Espiritismo não busca convencer ninguém de suas verdades, e também não quer que as pessoas o aceitem sem exame. As pessoas devem ser livres na forma de pensar, mas cada uma deve pensar pela própria cabeça. O Espiritismo, no entanto, se dirige, àqueles que querem aprender, que têm interesse em conhecer suas propostas, em analisá-las e tirar suas próprias conclusões a respeito, mesmo que seja para não aceitá-las. Há pessoas, que se mostram bastantes interessadas em estudá-los; outras, não. Kardec recomenda que devemos deixar em paz quem não se interessa em nos ouvir.

  A fé é uma conquista de cada um. Mas, para que ela esteja firmemente assentada, é preciso ter uma base racional, principalmente em relação às pessoas céticas – ou seja, àquelas que só se convencem com provas. Para a Doutrina Espírita é preferível um cético sincero a um crente mal informado. Muitas pessoas acreditam por acreditar, são levadas apenas e tão somente pelos impulsos da emoção. Outras, porém, precisam de uma base de razão: estas últimas são as preferidas pelo Espiritismo, porque preenchem aquele princípio enunciado por Kardec, que diz o seguinte: “Fé verdadeira é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade”.

Contudo,  minha senhora, o mais importante para a Doutrina Espírita ( porque essa é sua finalidade) nem é se a pessoa acredita ou não acredita no espírito. O mais importante é a sua conduta moral, o seu caráter e sua visão humanista da vida. Kardec deixa isso bem claro, n’O LIVRO DOS MÉDIUNS, quando afirma que o fato de a pessoa acreditar nos Espíritos e reencarnação, de nada adianta, se ela continua com seus defeitos morais e não se esforça para melhorar-se, na convivência com seus irmãos de humanidade.


 

 

 

 

 

Friday, May 2, 2025

O CAMINHO PARA UM MUNDO MELHOR; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Profissional espírita ligada à saúde mental e comportamental afirmou em interessante palestra que “a criança nada mais é que um Espírito num corpo pequeno . A visão dá margem a inúmeras reflexões até porque Allan Kardec reproduzindo o pensamento dos que o auxiliaram na elaboração do alicerce do Espiritismo enfatiza mais uma vez que o descaso com a formação da nova personalidade do Ser a cada encarnação conduz a sociedade aos descalabros como os presentes na atualidade. Como construiremos um mundo melhor sem investimentos na criança e no jovem? Fácil concluir que o Centro Espírita tem um papel preponderante nessa tarefa. Há, contudo, muitas instituições que não regulamentam o valor dessas ações. Dentre as contribuições importantes da Espiritualidade para o encaminhamento da questão da Evangelização Infanto-Juvenil, os livros do Espírito Luiz Sergio reúnem apontamentos significativos. Num deles – CASCATA DE LUZ , psicografado pela médium Irene Machado – encontramos elementos para reflexões sobre o tema. Destacamos alguns: 1- Atualmente a criança e o jovem não têm o mesmo modo de pensar de tempos atrás. O que fazer para levar agradável a evangelização, a fim de ser melhor aproveitado por todos? — Evitar a lição longa e entediante, e embelezar as lições práticas com encenações de palco, onde o aluno também participa, e depois a descoberta das aptidões. Dificilmente sentirão enfado e sono . 2- O jovem tem lá fora o que a vida Lhe dá; o atrativo é muito forte. Se nós, os Espíritos, não nos unirmos com os encarnados em prol da família, veremos o que mais acontece hoje: meninas e meninos brincando de sexo. Devemos combater o aborto, sim, mas também levantar campanhas em prol da família e da felicidade, trazendo a criança e o jovem para os ambientes espirituais. Um Centro bem orientado é a “arca de Noé”, o recanto que irá salvar aquele que o buscar . 3- Muitos acham que o jovem na Doutrina só deve cantar e fazer a Campanha Auta de Souza. O jovem é uma semente que precisa do solo fértil para se tornar uma bela árvore, onde amanhã encontraremos abrigo, e seus frutos, graças à água que hoje lhes oferecemos, serão saborosos e verdadeiros. A Casa que se preocupa com a família faz das suas crianças e jovens as flores do amanhã. O difícil é trazer o jovem para a Casa Espírita, quando lá fora o mundo material oferece uma “vida fácil”, onde tudo lhe é permitido. Não que a Doutrina proíba algo, mas ela faz brilhar nas consciências o Decálogo, e aí é doloroso constatarmos o quanto somos errados ainda. 4-     Lá fora o jovem não tem compromisso com a Lei de Deus. Ele se considera o dono da Terra, tanto é que brinca de viver, por isso qualquer Casa Espírita precisa dar ao jovem motivação, caso contrário ele fugirá dela. Hoje, com pesar, percebemos que poucas senhoras e senhores espíritas têm os seus filhos na Doutrina. Causa-nos assombro desses mesmos senhores dizerem que o tóxico não é assunto para ser tratado pelos espíritos. Ao mesmo tempo, levantaram campanhas contra o suicídio. E o que é uma droga? E o que vem ceifando vidas dos jovens do mundo inteiro. Os espíritos que são contra falar de tóxico nos centros devem visitar as cadeias e os hospitais. Façam um levantamento das causas dos desencarnes de jovens devido a problemas respiratórios e paradas cardíacas. A família esconde muitos casos, para que no atestado não conste o verdadeiro motivo do óbito: o suicídio por overdose. Feliz do Centro Espírita que oferece estudo e trabalho .5- Para levarmos a juventude à Doutrina é necessário educar-la de maneira tal que não seja vítima do fanatismo. O jovem tem de se sentir útil e não pode ficar preso à letra. O seu campo energético está transbordando e pede trabalho para Casa. Se os deixarmos sentados, apenas estudando, iremos buscar outros meios para dispersar o que têm em demasia: energia. Mocidade sem tarefas causa desinteresse ou atritos com a diretoria.



Tenho uma amiga que vive lamentando um aborto que fez quando ainda muito jovem. Ela teve uma gravidez indesejada e não teve coragem enfrentar a família religiosa e cheia de preconceitos. Ela diz que não lamentava o filho, mas, naquele momento, era uma questão de sobrevivência e de honra. Hoje ela não tem religião, mas diz que nunca conseguiu se libertar desse pecado que cometeu contra as leis de Deus. Quis dar um livro espírita para ela ler, mas acho que isso pode piorar sua dor de consciência. (Anônima)

 

A Doutrina Espírita não aprova o aborto provocado, como você sabe, a não ser no caso em que a mãe corre risco de morte. Mas também não se coloca na condição de quem pode julgar alguém que tenha feito o aborto, principalmente nas circunstâncias pelas quais passou sua amiga, quando ainda muito jovem.  Nesse ponto, cara ouvinte, devemos buscar os evangelhos e verificar que Jesus sempre considerou a intenção mais do que os atos em si, sem, contudo, julgar ninguém. Ele não julgou nem mesmo a mulher adúltera; apenas a preveniu para que não errasse mais.

 

Foi ele próprio quem deixou claro este princípio: “a quem muito foi dado muito será pedido” -  ou seja, há uma diferença fundamental entre aquele que tem plena consciência do que está fazendo e o que ignora as conseqüências de seu ato. Aliás, o nosso código penal brasileiro – que é uma lei humana - estabelece a nítida diferença entre o dolo e a culpa, entre o delito praticado com intenção de prejudicar e aquele que é cometido sem essa intenção. Desse modo, sua amiga não deve continuar se culpando pelo que fez naquela época.

 

É bem verdade que respondemos por todos os nossos atos, mesmo aquele que cometemos por ignorância. Entretanto, o peso maior da culpa está na consciência que tínhamos do erro e na intenção de prejudicar, no momento em que o cometemos, tanto quanto das nossas possibilidades de evitá-lo. Com certeza, se sua amiga errou, ela não errou sozinha. Pelo que você diz, havia o peso de uma drástica cobrança da família sobre ela, cobrança que ela não conseguiu suportar e, por isso, tomou aquela decisão. Logo, a culpa deve ser dividida entre todos que contribuíram, direta ou indiretamente, para que tal situação indesejável ocorresse.

 

Situações como essa devem servir de alertar aos pais de adolescentes. Não podemos nem devemos tentar corrigir um erro, cometendo outro maior. Contudo, infelizmente, acontecem milhares de aborto todos os dias no mundo e muitos deles por medo ou insistência dos pais de jovens grávidas, que querem preservar o nome da família ou fazem de tudo para se livrar de criar e educar uma criança. Pensam que enganam a lei de Deus. Mas estão enganados. Podem até passar despercebidos pela sociedade, mas não se livrarão da sua consciência, mais cedo ou mais tarde e tampouco daqueles a quem roubaram a oportunidade de uma vida.

 

Quanto a essa sua amiga, ela deveria, sim, ler livros espíritas e até freqüentar um ambiente espírita. Não para se sentir mais culpada, mas para verificar que a Lei de Deus é soberana e justa, ao mesmo tempo sublime e misericordiosa. Todos cometemos erros na vida – somos seres imperfeitos, sob todos os pontos de vista -  mas todos temos sempre chance de consertá-los ou mesmo de reparar algum prejuízo que, porventura, causamos a alguém. Há mil modos diferentes pelos quais podemos nos redimir, aprendendo a ser úteis ao semelhante e à sociedade onde vivemos, sem ficar nos culpando ou nos punindo por algo que pode ser resolvido com equilíbrio e bom senso.

Thursday, May 1, 2025

O ESPIRITISMO E O SEXO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Polêmicas e discussões acaloradas em torno da cura das chamadas inversões na área da sexualidade circunscrevem-se mais aos efeitos que são causas prováveis. O Espiritismo já na sua origem oferece bases para pelo menos reflexões mais objetivas sobre a questão. Na sequência de alguns pontos para embasar estudos mais aprofundados em torno da questão: 1- Os Espíritos encarnam em diferentes sexos; Aquele que foi homem, poderá renascer a mulher e aquele que foi mulher poderá renascer o homem, a fim de realizar os deveres de cada uma dessas posições, e sofrer-lhes as provas . 2 - Sofrendo o Espírito encarnado a influência do organismo, seu caráter se modifica conforme as instruções e se dobra às necessidades e critérios impostos pelo mesmo organismo. Esta influência não se apaga imediatamente após a destruição do material invólucro, assim como não perde instantaneamente os gostos e hábitos terrenos. 3- Percorrendo uma série de existências no mesmo sexo, conservando durante muito tempo, no estado de Espírito, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa. 4- Se esta influência se repercute da vida corporal para o espiritual, o mesmo se dá quando o Espírito passa da vida espiritual para o corporal. Numa nova encarnação evoluiu o caráter e as inclinações que tinham como Espírito. Se for avançado, será um homem avançado; se for atrasado, será um homem atrasado. Mudando de sexo, poderá então, sob essa impressão e em sua encarnação, conservar os gostos, inclinações e o caráter inerente ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes, notadas no caráter de certos homens e de certas mulheres. 5- Não existe diferença entre o homem e a mulher, exceto no organismo material, que se aniquila com a morte do corpo. Mas, quanto ao Espírito, à alma, o Ser essencial, imperecível, ela não existe, porque não há duas espécies de almas. 6- A sede real do se xo não se acha, no veículo físico, mas sim na entidade espiritual em sua estrutura complexa . 7- O sexo é mental em seus impulsos e manifestações . 8- Além da trama de recursos somáticos, a alma guarda sua individualidade sexual intrínseca, a definir-se na feminilidade ou masculinidade, conforme os específicos especificamente passivos ou claramente ativos que lhe sejam próprios. 9- A energia natural do sexo , derivada da própria vida em si, gera cargas magnéticas em todos os seres, pela função criadora de que se reveste, caracterizada por potenciais nítidos de atração no sistema psíquico de cada um . 10- O instinto sexual não é apenas agente de reprodução , mas reconstituído de forças espirituais , pelo qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente , na permuta de raios psiquico-magnéticos necessários ao seu progresso. 11- O Espírito reencarna em regime de conversão sexual, como pode renascer em condições transitórias de mutilação ou cegueira. Isso não quer dizer que homossexuais ou intersexos estão em posição, endereçados ao escândalo ou à vicação, como aleijados e cegos não se comprometem na prevenção ou na sombra para serem delinquentes . 12- O conceito de normalidade ou anormalidade são relativos . Se a cegueira fosse a condição da maioria dos Espíritos reencarnados na Terra, o homem que pudesse enxergar seria certamente minoria e exceção. 13- Ações praticadas contra pessoas do sexo oposto na busca de prazer a qualquer preço , exigem além da morte a desorganização mental do causador manifestada através da alienação menta l exigindo para seu reequilíbrio muitas vezes pela intervenção dos Agentes da Lei Divina, reencarnações compulsórias renascendo em corpo inverso às suas características momentâneas de masculinidades ou feminilidade , para que no corpo inverso , no extremo íntimo , ou a lei o semelhante Lesado. 14- A inversão também ocorre por iniciativa daquelas que, valendo-se da renúncia construtiva para acelerar o passo no entendimento da vida e do progresso espiritual no intenção de operarem com mais segurança e valor o acrisolamento moral de si mesmos ou na execução de tarefas especializadas, através de estágio perigosos de solidão, em favor do campo social da Terra 15- Masculinidade ou feminilidade totais são inexistentes na personalidade humana, do ponto de vista psicológico, visto que homens e mulheres, no Espírito, apresentam certa porcentagem de características viris ou femininas em cada indivíduo, o que não garante possibilidades de comportamento íntimo normal para todos, segundo a conceituação de normalidade que a maioria dos homens localizam para o meio social. 16- Homens e mulheres podem nascer homossexuais ou intersexos, seja como expiação ou em obediência a tarefas específicas –, como são suscetíveis de levar o veículo físico na condição de mutilados ou inibidos em certos campos de manifestação para melhorar-se e nunca sob a destinação do mal.     17- A Terra, pouco a pouco, renovará princípios e conceitos, diretriz e legislação, em matéria de sexo, sob a inspiração da ciência, que situará o problema das relações sexuais no lugar que lhe é próprio.



 (Cristiano Ricardo Alves, de Vera Cruz) Dor-expiação, dor-prova, dor-missão, dor-evolução  podem coexistir na mesma existência de um Espírito?

 

Sem dúvida alguma. Em nossa vida, muitas vezes, não saberíamos diferenciá-las, pois elas podem estar acontecendo em todo momento. Dor-Evolução (apenas para relembrar) é o desconforto que sofremos para aprender e para nos transformar; dor-expiação é a conseqüência de nossos erros; dor-prova é a escolha que fazemos para nos testar numa situação difícil e, finalmente, dor-missão é o compromisso por amor que nos vai custar sofrimentos físicos ou morais.

 

  Difícil diferenciar na prática prova e expiação. Elas se parecem muito; a diferença pode estar na forma de encarar o desconforto: na expiação com revolta e na escolha com resignação. Por isso, a expiação pode se transformar em prova, mas a prova não pode se transformar em expiação. Todavia, na mesma existência, podemos ora estar em expiação, ora em prova ou até mesmo em missão (esta, quando se refere a sacrifícios que fazemos em benefícios dos outros). Quanto à dor-evolução, ela é uma contingência de toda encarnação; por isso, ela sempre está presente, e na vida toda.