Tuesday, May 27, 2025

O PROBLEMA DA CREMAÇÃO

 " O Espírito André Luiz considera que, excetuando-se determinados casos de mortes em acidentes e outros casos específicos, em que a criatura necessita daquela provação, ou seja, o sofrimento intenso no momento da morte, este de um modo geral não traz dor alguma porque a concentração demasiada do dióxido de carbono no organismo anestesia do sistema nervoso central. Explica que a ocorrência da concentração de gás carbônico alteia o teor da anestesia do sistema nervoso central provocando um fenômeno que eles chamam de acidose. Com a acidose vem a insensibilidade e a peculiaridade não tem estas consequências de sofrimento que imaginamos ”. Embora a resposta tenha sido dada pelo médium Chico Xavier em esclarecedora entrevista quando da realização da pioneira cirurgia de transplante de coração realizada em 1968, no Brasil, certamente pode servir para avaliarmos a questão da cremação realizada no lado Ocidental da Terra, através da Europa, no início do século 20, visto que na milenar e Índia Oriental faz parte das tradições do Bramanismo, atual Hinduísmo. Consultado em 1935 sobre o assunto, o Espírito Emmanuel , esclareceu, contudo, que a mesma “ nunca deverá ser levada a efeito antes do prazo de 50 horas após o desenlace ”, considerando que “a cremação imediata ao chamado instante da morte é, portanto, nociva e desumana ”. Compreende-se porque através da explicação de Allan Kardec sobre a experiência da morte: -“Por ocasião da morte corpórea, o Espírito, entra em perturbação, e, perde a consciência de si mesmo, de sorte que jamais testemunha o último suspiro do seu corpo. Pouco a pouco a perturbação se dissipa e o Espírito se recupera, como um homem que desperta de sono profundo. Sua primeira sensação é a de estar livre do fardo carnal; segue-se o espanto, ao reparar no novo meio em que se encontra. Acha-se na situação de um a quem se cloroformiza para uma amputação e que, ainda adormecido, é levado para outro lugar. Ao acordar, ele se sente livre do membro que o faz sofrer; corpo ocorreu morte para o Espírito, apenas sono houve ”. A realidade diante do fato, porém, depende de cada um. O Espírito Irmão X , através do próprio Chico Xavier pondera:-"Morrer não é libertar-se facilmente. Para quem varou a existência na Terra, entre abstinências e sacrifícios, a arte de dizer adeus é alguma coisa da felicidade apaixonadamente saboreada pelo Espírito, mas para o comum dos mortais, afeitos aos “comes e bebes” de cada dia, para os senhores da posse física, para os campeões de conforto material e para os exemplares felizes do prazer humano, na mocidade ou na madureza, a cadaverização não é serviço de algumas horas. Exige tempo, esforço, auxílio e boa vontade ”. No mesmo texto, indaga: -“Não seria apenas conferir pelo menos três dias de preparação e refazimento ao peregrino das sombras para a desistência voluntária dos enigmas que o afligem na retaguarda? ”. O extraordinário acervo de mensagens-depoimento psicografadas pelo famoso meio demonstra a utilidade dessa precaução, prevista, por sinal, na legislação brasileira. De qualquer forma, oportuno considerarmos o comentário do Espírito Emmanuel : -“Mesmo que a separação entre o Espírito e o corpo não se tenha completado, a Espiritualidade dispõe de recursos para evitar que corra penas e sofrimentos ...”.

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